Coronavírus: como ficam os empregados domésticos durante o período de isolamento?

A pandemia da Covid-19, causada pelo Coronavírus mudou a rotina e as relações entre as pessoas em todo o planeta. Governos em todo o mundo estão

Samasse Leal | 23 de Março de 2020 às 17:00

KatarzynaBialasiewicz/iStock -

A pandemia da Covid-19, causada pelo Coronavírus mudou a rotina e as relações entre as pessoas em todo o planeta. Governos em todo o mundo estão determinando normas de isolamento para conter o contágio em escala global. A única forma de combater o avanço da doença é evitando o contato com o vírus.

Muitas pessoas contam com serviços de acompanhantes de idosos, babás, motoristas, empregadas domésticas, diaristas e outros profissionais recebidos em casa. Essas pessoas, ao mesmo tempo que também precisam se proteger, representam risco. Principalmente para patrões classificados no grupo de risco. No deslocamento entre suas casas e o local de trabalho podem se contaminar e levar a doença para os patrões.

O que fazer nesses casos?

Especialistas em direito e relações trabalhistas recomendam negociar com os empregados domésticos. Eles não devem ser descontados por ausência durante esse período, especialmente se estiverem cumprindo quarentena ou forem também idosos. O mesmo vale para a quarentena ou infecção pelo empregador. Se ele está nessas condições, não pode exigir o comparecimento do empregado doméstico.

Algumas cidades restringiram a circulação de transporte público intermunicipal. Isso agravou ainda mais a situação dos empregados domésticos que passam a ter dificuldade de chegar ao local de trabalho. Decretos e as leis regulamentando medidas para o enfrentamento da doença protegem os empregados na necessidade de ausência ao trabalho.

O importante é avaliar a situação individualmente e decidir em conjunto sobre o que fazer. Algumas alternativas são:

Como ficam os diaristas?

Apenas os empregados com carteira assinada possuem direitos regulamentados em lei. Diaristas e pessoas que prestam serviços eventualmente, como motoristas, não possuem nenhuma proteção legal. Por outro lado, o empregador também não possui obrigação legal. Assim, não está obrigado a efetuar o pagamento das diárias em caso de faltas e pode até dispensar o profissional.

Nesse ponto a questão é mais complexa. Envolve ética e capacidade financeira. Para que o profissional diarista não fique sem recursos, também é possível negociar uma compensação. Os empregadores que tiverem condições de arcar com este custo garantem não perder a mão de obra no futuro.

Na negociação para manter o pagamento do diarista mediante compensação quando voltar ao trabalho, fique atento a limites. Em geral a jornada de trabalho da diária é combinada com duração entre seis e oito horas. Prefira acrescentar uma hora a mais de trabalho por dia ao invés de acrescentar mais dias de trabalho. O ideal é evitar a prestação do serviço além da frequência por duas vezes semanais. Essa medida:

Quem está no grupo de risco de contágio?

Para algumas pessoas, com a saúde mais frágil, a infecção pelo Coronavírus é mais grave e pode ser letal. Por isso elas precisam ser ainda mais preservadas. São pessoas imunodepressivas, que estejam fazendo tratamentos químio ou radioterápicos por exemplo, com doenças respiratórias, cardíacos, diabéticos e idosos.

Previna-se

A recomendação é ficar em casa e cuidar muito bem das medidas de higiene. Algumas dicas, além de lavar as mãos por pelo menos 40 segundos com sabão, são:

Se sentir algum dos sintomas que indicam a contaminação ligue para o Disque Saúde – número 136 e peça informações. Os sintomas são: febre e dificuldade forte para respirar, tosse constante com coriza e espirros frequentes.