Hypebeast: quem são as pessoas que pagam caro por roupas

Já ouviu falar sobre a cultura hype e os hypebeasts? Descubra aqui quem são essas pessoas e em que consiste essa cultura.

Ana Luiza Vasconcelos | 1 de Junho de 2021 às 13:16

AGCreativeLab-iStock -

Para quem é muito antenado na internet, deve se lembra dos vídeos “quanto custa o outfit?” que bombaram nas redes há dois anos. Pois bem, se você se lembra dessa galera, saiba que não foi uma coisa passageira e trata-se, na verdade, de um estilo de vida — que recebe o nome de hypebeast.

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Em 2018, quando os vídeos “quanto custa o outfit?” fizeram sucesso na internet, Gian Tancredo ficou famoso por suas roupas e acessórios que somaram cerca de 40 mil reais. Na época, o adolescente de 11 anos foi chamado até para dar uma entrevista para a TV Folha, e, no programa, Gian exibiu várias peças de roupas, acessórios e calçados que custavam uma fortuna. Na entrevista o rapaz deixa claro que isso era bem mais do que ter uma roupa cara, mas sim, um estilo de vida de consumir roupas de marcas de luxo, como: Supreme, Louis Vuitton e Gucci.

Mas afinal, o que é hypebeast?

A palavra “hype” significa “moda”, algo que está “no hype”, está no auge, em alta, na moda. Já “beast” significa besta, fera, monstro. Portanto, hypebeast são os “monstros da moda”, aquelas pessoas que estão sempre com as roupas da última coleção, com o tênis que acabou de ser lançado, não importa muito o quanto eles tenham que pagar para isso.

A cultura Hype

As marcas de luxo são objeto de desejo de quem adota o estilo de vida. (Imagem: Ralf Liebhold/iStock)

Esse estilo de vida gira em torno do consumo e da ostentação de peças de roupas caras de marcas de luxo, geralmente lançamentos. Uma curiosidade sobre essas peças é que quando falamos de roupa e luxo, imaginamos roupas luxuosas como vestidos finos, paletós extravagantes.

Porém, nesse caso, as roupas são estilo streetwear, ou seja, são roupas “comuns”, na maioria das vezes confortáveis e que facilmente você encontraria algo semelhante em uma loja de departamentos. Só que essas são de marca. Calças e jaquetas jeans, peças de moletom, tênis, cintos e relógios são alguns dos itens mais usados, só que todos de marcas extremamente caras e exclusivas.

Aqueles que aderem ao “hobby”, são os chamados hypebeast, que dedicam suas vidas a esse lifestyle à procura do destaque que as peças de roupa, acessórios e calçados trazem por serem artigos de luxo e de lançamento recente, ou seja, que pouquíssimas pessoas tiveram a chance de comprar. Eles buscam a sensação de “lançar” uma moda, uma tendência, por usar o que ninguém mais usa.

Como ser um hypebeast

Hypebeasts gostam de comprar os últimos lançamentos, por isso, costumam fazer filas nas portas das lojas quando tem lançamento de algum calçado ou roupa nova. Créditos: Massimo Giachetti / iStock

Primeiro de tudo, tem que estar por dentro das marcas mais caras, como: Off White, Balenciaga, Gucci, Anti Social Club, Supreme, Yeezy, Nike, Addidas, entre outras. Ela tem que ter interesse por esse estilo de vida e, de preferência, ter contatos e/ou dinheiro para comprar esses itens com mais facilidade, pois muitos não vendem no Brasil. Se você é uma pessoa com recursos, viaja bastante, fica bem mais fácil.

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Também é possível ter lucro com esse estilo de vida, afinal é possível revender os tênis quando você não os quiser mais. Mesmo usados, por serem tênis de marca, caros e, muitas vezes, raro no Brasil, eles ainda valem bastante.

Críticas à cultura hype e aos hypebeast

A Supreme é uma das marcas mais cobiçadas dos Hypebeasts. Sua cor vermelha forte é inconfundível e pode criar certo poluição dependendo dos looks montados. Créditos: Revista Glamour Brasil/Pinterest

Quando os vídeos dos outfits estouraram em 2018, as críticas lotaram a internet. Muitas pessoas acharam um absurdo o preço das roupas de quem esbanjava as marcas de grife no vídeo viral, principalmente em um país como o Brasil com tanta desigualdade.

Gian, o menino de onze anos que ficou famoso como o “Gordinho do Outfit”, recebeu muitos comentários de ódio na internet e, algum tempo depois, desapareceu das redes sociais e não retornou a elas até hoje.

Já dentro da própria moda, o estilo hype nem sempre é bem visto, porque aqueles que usam costumam se preocupar muito mais com as peças e as marcas mais caras para montar o look e acabam pecando na harmonização de cores e acessórios.

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