Negociação de dívidas: 5 segredos para fechar o melhor acordo

Na hora de pagar as dívidas, é preciso ficar atento a algumas situações que podem ajudar você a pagá-las mais rápido e a conseguir o melhor acordo.

Redação | 19 de Novembro de 2018 às 18:33

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É claro que ter dívidas e ficar com o nome sujo é um pesadelo. Mas para quem está nessa situação, há 5 segredinhos que podem ajudar na hora de negociar dívidas. E ainda ajudar a quitá-las e limpar o nome.

1 Negocie na hora certa

Existe uma regra na contabilidade que determina que as empresas credoras de dívidas acompanhem as dívidas de seus clientes. Elas precisam fazer uma provisão dos valores que não esperam mais receber (PDD – Provisão de Devedores Duvidosos). Passado determinado tempo, esses valores são dados como perdidos. É nesse momento que elas aceitam negociar as dívidas por valores mais baixos. E podem chegar a acordos em torno de 20% a 30% do valor total, incluindo juros e multa. Quem possui dívidas há mais de dois anos, já pode procurar as empresas para negociar.

2 Quando puder, pague à vista

Se a negociação for para o pagamento da dívida à vista (em uma única parcela), o devedor consegue descontos maiores. Nesse caso, pode reduzir ainda mais o valor que deverá pagar. Não é difícil chegar a cerca de 15% do valor total da dívida, já incluídos juros e multa. Por isso os especialistas em finanças costumam recomendar que os devedores usem valores extras para o pagamento de dívidas à vista. Aproveite o 13° salário, o terço constitucional de férias,  prêmios, heranças ou doações para isso.

Se você tem várias dívidas, qual pagar primeiro?

3 Tome cuidado com fraudes

Bancos, empresas de cartões de créditos, lojas de produtos vendidos por boleto bancário e empresas prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia (gás e luz) costumam terceirizar o serviço de cobranças de dívidas. Assim, se uma empresa de cobrança entrar em contato com você, confirme primeiro com o credor se esse serviço de cobrança está sendo mesmo realizado. Entre em contato com a loja, o gerente do banco, o vendedor da loja, e evite ser vítima de uma fraude que poderia aumentar sua dívida. Na negociação, peça o envio de um contrato de renegociação da dívida que indique todas as condições do acordo. Esse documento deve discriminar a dívida principal, valores dos descontos e valor a pagar. Importante: pague no vencimento combinado.

4 Faça uma contraproposta

Ao negociar com uma empresa de cobrança, não aceite pagar o favor inicialmente oferecido. Faça uma contraproposta de valor, pelo menos, até 10% inferior ao da proposta apresentada. Não aceite acordos que você já sabe que não conseguirá pagar (parcelas que não caibam no seu orçamento mensal).  Afinal, se não honrar o novo acordo, a dívida voltará para o valor principal e ainda poderá ter novos acréscimos. A empresa pode não responder na hora, ou negar sua contraproposta, mas o importante é tentar reduzir ao máximo o valor a pagar. Confirme se seu nome será retirado de cadastros de devedores no prazo de até 48 horas.

Fique atento ao fazer o seu planejamento financeiro.

5 Fique atento aos melhores meses

Credores como bancos e empresas que negociam ações nas bolsas de valores (conhecidas como empresas de capital aberto) são obrigados a apresentar periodicamente os seus resultados (informações sobre lucros, dividendos, créditos a receber etc.) para órgãos reguladores como a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, o Banco Central do Brasil – Bacen, e para o mercado através da Bolsa de Valores – B3. Assim, no fim desses períodos, a cada trimestre, podem estar mais abertas a negociações que melhorem os resultados (por exemplo, diminuindo o valor da PDD). Por isso, as chances de conseguir uma boa negociação nos meses de março, junho, setembro e dezembro são maiores.

Aproveite essas dicas e negocie suas dívidas para sair do vermelho, limpar o seu nome e poder se tornar um investidor.

E, se no fim, precisar fazer um empréstimo para quitar as dívidas, aprenda a fazer um empréstimo seguro.

Por Samasse Leal