Qual é o seu perfil de investidor?

Conhecer o seu perfil de investidor é importante antes de optar como aplicar seu dinheiro: se prefere ganhar menos com segurança ou mais, correndo riscos.

Redação | 31 de Outubro de 2018 às 18:00

Thiago Santos/iStock -

O objetivo do Dia Mundial da Poupança, 31 de outubro, é conscientizar as pessoas sobre a importância de poupar e investir. Sempre pensando no futuro. Lembre-se, porém, de que, antes de fazer um investimento que envolva riscos, como comprar cotas de um fundo de investimento, multimercado, renda fixa ou ações, é obrigatório preencher um questionário que define seu perfil de risco, ou seja seu perfil de investidor. Ele avalia o quanto do seu rico dinheirinho você está disposto a perder para tentar fazê-lo se multiplicar.

Está na dúvida sobre algum termo financeiro? Consulte o nosso glossário de investimentos.

Essa obrigação foi determinada em 2013 pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No entanto, já era uma prática necessária para as instituições que aderiram ao Código de Boas Práticas para Fundos de Investimentos da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais. A ANBIMA é a associação que representa e regula as entidades do mercado financeiro. Por isso, quando você se cadastra numa corretora de valores já recebe o formulário de risco para preencher.

O objetivo é assegurar que os bancos e corretoras sejam capazes de dar orientações financeiras adequadas aos seus clientes – de acordo com seus objetivos e suas condições financeiras. Na verdade, definir o seu perfil de investidor ajuda você a escolher os tipos de investimentos mais adequados aos seus objetivos de curto, médio e longo prazos.

Na prática, o questionário acaba estimulando o interesse por entender melhor as suas aplicações. São poucas perguntas, simples de serem respondidas. Cada instituição pode desenvolver seu próprio questionário, mas as perguntas mais comuns versam sobre:

Os tipos de perfis são, resumidamente, três: conservador, moderado e arrojado. Mas alguns bancos classificam ainda o perfil agressivo. Como eles são:

Conservador

Ter segurança e manter o patrimônio já conquistado são pontos chaves para este perfil, por isso prefere investimentos com aplicações de baixo risco. O objetivo deste perfil de investidor é receber retornos reais (acima da inflação) com o menor risco possível. Os investimentos mais recomendados são PoupançaCDBTesouro Direto e LCI.

Moderado

Aceita correr alguns riscos para obter retornos um pouco acima do benchmark (índice de referência). Assim, procura algumas oportunidades para diversificar a carteira, mesmo que isso aumente as chances de perdas por um curto prazo. Este perfil costuma combinar posições conservadoras com algumas mais arrojadas. São recomendados: uma posição em AçõesFundos Imobiliários, Fundos de Ações e até mesmo Fundos Multimercado.

Arrojado

Deseja obter ganhos no médio e no longo prazos, então aceita correr mais riscos, consciente de que isso pode resultar em absorver perdas em ciclos anuais e necessidade de maior tempo para o resgate de alguns investimentos. A composição de sua carteira combina na maior parte investimentos de maior risco (mais arrojados) em aplicações de renda variável. Em geral, procuram investir em ações e seus derivativos, além de fundo de ações e fundo de renda fixa de maior risco.

Agressivo (ou também arrojado para quem não subdivide esta classificação)

Para este perfil, os investimentos são oportunidades de multiplicar o patrimônio. Em regra, são jovens que aceitam correr um risco maior em busca de maior rentabilidade, mantendo a maior parte de suas posições em ativos de renda variável. Visando obter grandes retornos, este perfil costuma operar no mercado de ações, mercado a termo, mercado futuro, mercado de opções e até mesmo no mercado Forex (negociação de moedas).

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Então, com qual perfil você se identificou? Independentemente de qual seja, siga o conselho dos especialistas e nunca aposte todas as suas fichas numa única fonte. Procure diversificar sua carteira com uma composição que combine em maior ou menor parte investimentos mais conservadores ou mais arrojados. Assim, os ganhos de um investimento podem compensar eventuais perdas de outro.

Por Samasse Leal