Peelings: para que servem e a diferença entre cada um deles

Peeling de cristal, de diamante, químico, ultrassônico... Há diferentes tipos de peelings, que são usados em diferentes casos. Confira!

Julia Monsores | 21 de Abril de 2021 às 17:00

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Ter a pele hidratada, sem manchas, rugas, e com aspecto jovial é o sonho de todo mundo. Mas infelizmente, com o passar do tempo, e pela influência de agentes externos como o sol, nossa pele vai ficando com uma aparência envelhecida. No entanto, atualmente já é possível reverter essa situação — e os peelings são grandes aliados.

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Peeling de cristal, de diamante, químico, ultrassônico… Existem diferentes tipos de peelings, que variam de acordo com o material utilizado e a profundidade do procedimento na pele. Além disso, cada um tem uma utilidade específica, que vai depender de cada caso.

“O peeling é um procedimento que acelera a renovação celular cutânea, sendo indicado para a melhora do aspecto da pele. São classificados em superficiais, médios e profundos, e o efeito é decorrente do uso de agentes mecânicos ou cremes contendo ativos que são aplicados sobre a pele em casa ou nos consultórios, dependendo da orientação médica”, explica a Dra. Bomi Hong, que é dermatologista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Por se tratar de um procedimento estético, que só deve ser realizado após a avaliação com um dermatologista, é importante que você conheça todas as informações sobre ele. E assim, tire todas suas dúvidas antes de realizá-lo. Continue acompanhando o post para saber:

O que é o peeling?

Imagem: dimid_86/iStock

A palavra peeling é originada do inglês “to peel”, que traduzido para o português significa descamar ou descascar. Esse procedimento não invasivo é muito realizado no Brasil, devido a sua ampla indicação de uso para o tratamento de questões ligadas à pele.

“O peeling é um processo que promove a descamação das camadas superficial, média ou profunda da pele, por meio de substâncias químicas ou mecânicas, geralmente; mas, também podem ser realizados, mais recentemente, a laser. O objetivo é promover o rejuvenescimento e clareamento das manchas da pele”, explica o Dr. Franklin Verissimo, que atua com Medicina Estética em Fortaleza (CE).  

Quais são os benefícios dos peelings?

Como comentamos, o peeling é um dos tratamentos estéticos mais procurados por conta de seus inúmeros benefícios à pele. No entanto, diferentes tipos de peelings podem agir na sua pele de maneiras distintas. Desse modo, é importante que você consulte um dermatologista para saber qual é o mais indicado para suas necessidades.

De modo geral, os benefícios dos peelings são:

“Além disso, há aqueles peelings que são bastante secativos e anti-inflamatórios, muito bem indicados para casos de acne leve a moderada e oleosidade excessiva da pele”, completa o Dr. Franklin Verissimo.

Quem pode fazer peelings?

Imagem: Deagreez/iStock

Apesar dos benefícios trazidos pelos peelings, não é todo mundo que pode fazer. Segundo a Dra. Bomi Hong, é importante passar por uma avaliação dermatológica antes de realizar o procedimento para ver qual é o tipo de peeling mais indicado para suas necessidades.

“A contraindicação geral é para todos aqueles que tenham doença de pele ou infecção ativa, pacientes em uso de isotretinoína oral e com peles sensíveis. Além disso, os peelings médios e profundos podem ser realizados somente nos fototipos I, II e III. E o peeling de fenol possui toxicidade cardíaca e toxicidade renal, sendo obrigatória a realização de avaliação pré-operatória e monitorização. Por isso é importante avaliar cada caso com um dermatologista para saber qual peeling ideal para o seu tipo de pele”, explica.

Vale ressaltar que o peeling químico só pode ser aplicado por um profissional especializado, como dermatologista ou fisioterapeuta dermatofuncional.

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Tipos de peelings

A Dra. Bomi Hong listou os diferentes tipos de peelings existentes e comentou sobre os benefícios de cada um deles.

1) Peeling físico ou mecânico: são os peeling de cristal ou diamante. Eles são superficiais, somente removem a camada morta e mais externa da nossa pele (a camada córnea).

2) Peeling biológico ou enzimático: também são superficiais e aplicam-se produtos com ativos à base de enzimas biológicas encontradas nos alimentos. Tais como a bromelina (abacaxi) e papaína (mamão). As substâncias ajudam também a neutralizar os radicais livres (ação antioxidante).

3) Peeling químico: a profundidade atingida vai depender do ativo utilizado.

Peelings químicos superficiais mais comumente utilizados: 

Peeling médio: ATA combinado com solução de Jessner.

Peeling profundo: fenol (formulação de Baker e Gordon).”

Frequência ideal

Imagem: Prostock-Studio/iStock

Muita gente ainda tem dúvidas sobre a frequência recomendada de realização desse procedimento estético. Algumas marcas vendem produtos que atuam como peelings, e recomendam a utilização diária. No entanto, segundo a Dra. Bomi Hong, essa não é uma prática recomendada.

“A frequência de realização do peeling depende de qual é o tipo de peeling e de sua pele. Diariamente não é indicado fazer. Os superficiais, dependendo do tipo de pele e do tipo de peeling, podem ser realizados semanalmente”, explica.

Além disso, é mais recomendado que você realize esse procedimento no inverno, uma vez que a incidência solar é menor.

Cuidados no pós-procedimento

Imagem: jacoblund/iStock

É importante adotar alguns cuidados após realizar o procedimento. Assim, o resultado não será comprometido e você não terá nenhuma complicação na recuperação.

“O principal cuidado é não se expor ao sol sem filtro solar. Além disso, hidratar com cremes com boa ação emoliente ou usar cremes revitalizantes. Nos casos dos peelings médios e profundos, o pós-peeling pode exigir o uso de curativos e a recuperação pode durar até 3 meses. A descamação terapêutica provocada por estes procedimentos é uma poderosa arma para tratar várias doenças e transtornos estéticos. Porém, deve ser realizada por um dermatologista habilitado. E isso porque esse não é um procedimento isento de complicações, que podem ser sérias e permanentes”, explica a Dra. Bomi Hong.