Doença de Parkinson: sintomas, diagnóstico e tratamento

Ator Cecil Thiré morre aos 77 anos após enfrentar Doença de Parkinson. Entenda o que é essa doença, quais os sintomas e tratamento.

Douglas Ferreira | 9 de Outubro de 2020 às 20:00

Pornpak Khunatorn/iStock -

Nesta sexta-feira (9), o Brasil foi surpreendido com o anúncio da morte do ator Cecil Thiré. O ator e diretor sofria, há alguns anos, com uma doença neurológica degenerativa, a Doença de Parkinson.

Mas o que é a Doença de Parkinson?

Como dito acima, a Doença de Parkinson é um distúrbio neurológico degenerativo que ocorre devido a uma diminuição na produção de dopamina no cérebro.

A Doença de Parkinson se desenvolve quando as células cerebrais em parte do tronco encefálico morrem; isso provoca um desequilíbrio entre duas substâncias químicas vitais para a coordenação motora: a acetilcolina e a dopamina.

Quais são os sintomas da Doença de Parkinson?

Os sintomas são leves nos estágios iniciais e, em geral, atribuídos ao envelhecimento. Quando finalmente o diagnóstico chega, o paciente já pode ter perdido mais da metade das células que produzem dopamina, o que acentua os sinais.

Os principais sintomas da doença são: 

A Doença de Parkinson se agrava com o tempo, por isso é chamada de “doença degenerativa”. É mais comum em pessoas acima de 55 anos, embora também possa afetar os mais jovens. 

Algumas pessoas convivem com esse distúrbio por muitos anos e apresentam apenas sintomas leves. Por isso, não pense no pior se o seu diagnóstico for positivo.

Os cientistas não sabem por que as pessoas desenvolvem a doença, mas acredita-se que se deva a uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Além disso, ela parece ser mais comum em homens do que em mulheres.

Como é feito o diagnóstico?

Imagem: Chinnapong/iStock

A Doença de Parkinson pode ser de difícil diagnóstico, pois ainda não existem testes clínicos definitivos. O primeiro sinal pode ser um leve tremor ou dificuldade de manipular uma caneta (a caligrafia em geral fica menor) por causa dos efeitos da doença nas habilidades motoras finas. 

O médico vai realizar exames neurológicos que podem incluir a observação do paciente ao sentar-se, levantar-se, andar e estender os braços, bem como verificar o equilíbrio e a coordenação motora. Exames como o SPECT scan (tomografia computadorizada por emissão de fóton único) podem detectar a deficiência de dopamina, e a ressonância magnética em geral é necessária para descartar outras doenças. 

Qual é o tratamento?

A Doença de Parkinson, em geral, é tratada com medicamentos como a levodopa, que é convertida em dopamina no cérebro. Alguns pacientes podem precisar de medicamentos combinados. 

Para casos graves, técnicas cirúrgicas também podem ajudar: a mais comum é a estimulação cerebral profunda (ECP), que pode auxiliar a aliviar sintomas como tremores e movimentos mais lentos. Um fio fixado a um dispositivo semelhante a um marca-passo é colocado no cérebro. O dispositivo é implantado na parede torácica e gera uma pequena corrente elétrica, que estimula a parte do cérebro afetada.  

Redução de riscos 

É quase impossível prever quem vai desenvolver a Doença de Parkinson. Pesquisadores em todo o mundo buscam compreender quais são as condições que podem reduzir os fatores de risco, mas nada foi comprovado até o momento. 

Estudos observaram que fumantes têm risco reduzido de Doença de Parkinson, o que não significa que você deva começar a fumar – os perigos são muito maiores do que quaisquer possíveis benefícios!

Outras pesquisas mostraram que pessoas que tomam café regularmente ou fizeram uso regular do anti-inflamatório ibuprofeno podem ser menos suscetíveis à doença. 

Muitos pacientes com Parkinson têm carência de vitamina D. Cientistas sugerem que mantê-la em níveis saudáveis e praticar exercícios regularmente podem diminuir os riscos.


Atenção:
Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure a orientação de um médico.