Ofertas da nova “Semana do Brasil” prometem ótimos descontos

Como a Black friday, copiada dos norte-americanos para estimular o comércio em novembro, a "Semana do Brasil" pretende movimentar o mês de setembro.

Samasse Leal | 9 de Setembro de 2019 às 16:00

Deklofenak/iStock -

Até este ano, setembro vinha sendo um mês fraco para o comércio. Ele é bem diferente de meses como maio, agosto, outubro e dezembro, que são marcados por datas comemorativas. Até mesmo o mês de março ganhou campanhas de vendas inspiradas no aniversário do Código de Defesa do Consumidor.

Como a Black friday, copiada dos norte-americanos para estimular o comércio em novembro, a “Semana do Brasil” pretende movimentar setembro. Ela copia a onda de promoções do comércio norte-americano nas comemorações da independência dos Estados Unidos.

Essa é uma iniciativa do Governo Federal, que teve início em 06 de setembro e vai até o dia 13. A Semana visa aquecer a economia estimulando o consumo e ao mesmo tempo resgatar o patriotismo do brasileiro. Foi o que afirmou Marcelo Silva, presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). Ela combina os interesses de dois setores que podem gerar empregos no curto prazo: o comércio e o turismo interno.

Como aproveitar as ofertas da “Semana do Brasil”

Essa combinação pode ser bastante vantajosa para quem costuma viajar no feriado. Este ano o feriado da independência cai em um sábado. Assim, as viagens pelo Brasil acabam sendo interesses, já que o período é mais curto do que num feriado prolongado. Vale a pena checar os valores de hospedagem da rede hoteleira. Também podem ser oferecidas vantagens na forma de pagamento com parcelamentos sem juros ou em número maior de parcelas.

São esperados descontos também em passagens aéreas e de ônibus. Nos dois casos é fundamental checar as regras de uso das passagens como prazo de utilização e regras de cancelamento. Pode ser vantajoso aproveitar para comprar passagens para a viagem de Natal ou das próximas férias, dependendo dessas regras.

Quem quiser antecipar a compra do presente do dia das crianças também pode encontrar boas ofertas. Neste caso é preciso ficar atento aos prazos e políticas de trocas das lojas. Brinquedos podem ser boas opções, já que o risco de precisar de troca é menor comparado a roupas e sapatos.

Contudo, a decisão pelo consumo deve ser sempre precedida de uma análise do seu orçamento. Mesmo sendo um período de anúncio de ofertas, vantagens e descontos é necessário ter muito cuidado com o endividamento.

Fique atento para não ser enganado!

Assim como em outras datas comemorativas, é importante ficar atento. Pesquise preços e lojas para reconhecer falsas ofertas e promoções que não são tão vantajosas. Não vale a pena comprar um produto anunciado com desconto, se o preço é o mesmo anunciado há meses. Procure o mesmo produto ou outro semelhante em outra loja. Ao perder vendas por fazer propagandas enganosas os comerciantes podem rever suas práticas abusivas.

Anunciar dois serviços completamente diferentes, num mesmo pacote e sem opção da compra separada, é uma forma abusiva de venda. Chama-se venda casada. O objetivo é vender um produto encalhado ou empurrar um serviço pouco procurado vinculado a outro de boa procura. Por exemplo, o hotel só reserva o final de semana se o hóspede comprar ingressos de um show na segunda-feira. Todas as estratégias de vendas desleais podem ser denunciadas ao Procon de sua cidade ou estado.

Descubra que pesquisar preços é a sua maior arma contra esses tipos de golpes no artigo do nosso Canal de Economia aqui do site.

Conhecer seus direitos é fundamental para não ser enrolado

As relações de consumo evoluíram muito. Principalmente a defesa dos consumidores na justiça e nos órgãos de proteção que foram criados. Uma denúncia ao Procon ou aos Núcleos da Defensoria Pública especializados podem resultar em fiscalizações e punições aos comerciantes mal-intencionados. O dever de provar que a oferta ou desconto são verdadeiros passou a ser dos fornecedores de produtos e de serviços. Com o Código de Defesa, o consumidor foi “empoderado”! Agora ele tem a quem recorrer e onde reclamar.