IBGE: o que é, como surgiu e qual a sua importância

Aprenda aqui tudo o que você precisa saber sobre a importância do censo feito pelo IBGE, para o que ele serve e o que aconteceu em 2020.

Rebecca Henze | 6 de Julho de 2021 às 14:07

Hydromet/iStock -

O IBGE sempre fez parte da vida dos brasileiros, mas nem todos sabem o que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística representa e como suas pesquisas e estatísticas são vitais para o desenho do painel social e econômico do país.

A cada 10 anos recebemos em nossas casas agentes recenseadores do IBGE e respondemos a várias perguntas sobre o nosso cotidiano. Mas você conhece o objetivo de tudo isso? Aprenda aqui tudo o que você precisa para entender mais sobre o IBGE!

O que é e qual a sua importância

A função do IBGE é gerar e disponibilizar informações e dados da população brasileira, oferecendo um panorama geral do país, disponibilizando dados úteis a vários segmentos da sociedade. Apesar de ser mais conhecido pela contagem populacional, o IBGE promove também o conhecimento público de vários outros dados; por exemplo: PIB, desemprego, renda média mensal da população, entre outros.

Esses dados são necessários para a criação e a melhor adequação de políticas públicas em todas as esferas. Além disso, o instituto é a principal fonte para os cientistas destacarem pontos estratégicos e gestores públicos definirem ações para o desenvolvimento econômico e social do território brasileiro.

Quais são os indicadores analisados pelo IBGE?

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística disponibiliza dados gratuitamente. (Imagem: Rawpixel/iStock)

Além do mais conhecido, o censo demográfico, o IBGE mantém um painel de indicadores que se estende desde econômicos, como PIB, indústria, serviços, comércio, valor por metro quadrado, até a área social e agropecuária. Por exemplo, desemprego, renda mensal média, escolarização, analfabetismo e dados sobre fecundidade e mortalidade infantil possibilitam o governo saber como está o índice de crescimento econômico e populacional.

Quanto à agropecuária, é importante manter atualizados os índices de produção das principais commodities do Brasil, como leite, ovos, bovinos, suínos, cana-de-açúcar, milho, soja, banana etc.

Como surgiu?

Hoje, dia 6 de julho, comemora-se o Dia do IBGE. O instituto surgiu oficialmente em 1934, sob o nome de “Instituto Nacional de Estatística – INE”. A sigla atual IBGE só foi implementada em 1938, quando o Conselho Brasileiro de Geografia se uniu ao Instituto Nacional de Estatística pela necessidade de haver um órgão oficial que unificasse e coordenasse as pesquisas sociais, financeiras e demográficas pelo Brasil. Isto é, tanto para identificar e estudar o território (mapas), quanto para analisar a vida econômica e social do país.

Censo 2020 x 2021

O censo demográfico é a pesquisa do IBGE que possibilita a contagem populacional do país; além de coletar informações cruciais como emigração e imigração, dados do domicílio e outros fatores importantes para a implementação de medidas públicas.

Em condições normais, a pesquisa ocorre uma vez a cada 10 anos e mostra as tendências da sociedade brasileira para a próxima década. Em 2020, o censo não aconteceu por causa da pandemia de Covid-19, pois sua realização é feita por meio de visitas domiciliares (cerca de 71 milhões de residências em todo o Brasil).

Sendo assim, o IBGE divulgou em nota oficial, no dia 17/03/2020, que os recursos inicialmente dedicados ao Censo seriam repassados para o enfrentamento do Covid-19. E, em 2021, o Ministério da Saúde devolveria o montante “emprestado” no ano anterior, para, então, o instituto voltar a realizar a pesquisa populacional.

Mas o Ministério da Economia informou, em 23 de abril, que o Censo 2021 foi cancelado, pois não há previsão orçamentária para a sua realização. A distribuição de recursos para políticas públicas se baseia nos dados coletados por essa importante pesquisa do IBGE; ou seja, sem saber o número real de habitantes e as condições de vida do povo brasileiro, todas as estatísticas ficam comprometidas e os órgãos governamentais trabalham com informações defasadas dos últimos, agora, 11 anos.