Giosta de calça skinny, cabelo repartido no meio e saga Harry Potter? Você é cringe! Descubra as expressões da vez.
Paula Vieira | 29 de Junho de 2021 às 20:00
O que é cringe? A Internet não fala de outra coisa desde que se iniciou a guerra entre os millennials e a geração Z sobre o que é ser cringe, uma expressão ainda pouco conhecida.
A discussão, que teve início no Twitter, virou uma verdadeira polêmica, pois fez os jovens adultos se sentirem mais velhos e eles não aceitam esse status. Mas, afinal, o que é isso? A gente mostra tudo neste post.
De acordo com a geração Z, que é a definição sociológica para descrever todo o grupo de pessoas nascidas entre o fim da década de 1990 e 2010, cringe significa algo que causa vergonha alheia, que simboliza o que chamamos de “mico”.
Portanto, se você é um millennial e nasceu entre 1981 e 1995, mas ainda não sabia dessa informação, é sinal de que tem muita coisa que você precisa descobrir sobre o novo grupo de jovens que nasceram na era da digitalização, da expansão da Internet.
Em seu perfil no Twitter, a produtora de conteúdo @tchulim questionou aos seus amigos e seguidores da geração Z o que significa ser cringe, e a enxurrada de respostas bombásticas causou sofrimento. Para essa geração, ser fã de Friends, da saga Harry Potter ou dos filmes cheios de magia da Disney quer dizer que você é cringe.
E não para por aí. Os adolescentes revelaram que algumas coisas preciosas para os millennials, como um café da manhã reforçado ou uma simples e versátil calça skinny, também são cringe. Assim como usar emojis nas conversas, rir com “rsrs” ou falar “boleto”.
Mas vale ressaltar que, de acordo com professores de inglês, a palavra, de origem inglesa, se refere a um verbo e não a um adjetivo, como teve o seu uso adotado.
Conforme o nome já sugere, os millennials nasceram na virada do milênio e também são conhecidos como geração Y. São pessoas que já pegaram a era do desenvolvimento das tecnologias mais atuais, como a Internet, os computadores e os videogames. Atualmente, os millennials representam 25% da população brasileira.
Esse grupo também se caracteriza por dominar diversas tarefas e por ser imediatista. Ao mesmo tempo em que se conectam mais à Internet, ficam mais distantes da vida real.
Eles gostam de colaborar com as empresas em que trabalham, mas estão sempre em busca de oportunidades melhores. São exigentes, dominam diferentes eletrônicos e têm mais facilidade para produzir em horários flexíveis.
Essa classificação das gerações surgiu para separar, em uma linha no tempo, as pessoas que nasceram antes e depois da Internet, já que a tecnologia mudou de forma grandiosa o comportamento humano. Antes da geração Z, ainda tivemos os baby boomers (nascidos entre 1940 e 1960) e a geração X (nascidos entre 1961 e 1980).
Você deve estar se perguntando: “se os millennials são os nascidos até 1995 e a geração Z começa a partir dos nascidos em 1998, onde estão as pessoas que vieram ao mundo em 1996 e 1997?”
A geração que está entre os millennials e a geração Z é chamada por alguns de zillennials e é representada por aqueles que aprenderam todas as coreografias de axé dos carnavais dos anos 1990, mas acompanharam a explosão da banda Rouge, e, hoje, se divertem e até produzem conteúdos para as redes sociais.
A geração Z define as pessoas que nasceram entre 1998 e 2010, ou seja, já vieram ao mundo na era da Internet e da expansão tecnológica. A geração Z sequer precisou fazer cursos básicos de informática para aprender a mexer em computadores.
Eles também são chamados de “nativos digitais”, pois gostam de consumir o digital, como jogos, e de se relacionar mais pelas redes sociais.
O ponto negativo para a geração Z, mas que também atrapalha bastante os millennials, é o atual cenário de insegurança em relação ao futuro e à economia. Se antes, ter uma graduação era sinônimo de que você conseguiria um bom emprego, atualmente os jovens sofrem com a alta competitividade e a falta de vagas.
Assim, as gírias mudam (até falar “gíria” é cringe), as pessoas amadurecem e novas gerações surgem, acompanhadas pelo desenvolvimento de novas tecnologias. O que não muda é a curiosidade dos jovens; e também a disposição para se reinventarem.