NASA compartilha som de buraco negro e é assustador; confira

Saiba como a NASA capturou som em buraco negro no centro do aglomerado de galáxias de Perseu e confira a repercussão.

Redação | 22 de Agosto de 2022 às 18:29

(Imagem: iStock) -

A agência espacial norte-americana (NASA) divulgou um áudio inédito de ondulações sonoras num buraco negro no aglomerado de Perseu, localizado a 250 milhões de anos-luz da Terra. A captura feita pelos astrônomos é algo diferente de qualquer outra feita antes.

As ondas sonoras foram descobertas em dados registrados pelo observatório de raios-X Chandra da NASA e quando traduzidas, passaram de dados astronômicos para um som audível por humanos.

De acordo com a NASA, como a maior parte do espaço é um vácuo, “equívoco popular que não há som no espaço”, como não há meio para as ondas sonoras se propagarem. As ondas sonoras viajam por meio das quantidades copiosas de gás que envolvem as galáxias, de acordo com a agência espacial.

As ondas sonoras foramsintetizadas para que alcançassem a audição humana “escalando-as para cima em 57 e 58 oitavas acima de seu tom verdadeiro”.

O publico brincou que o audio tem semelhança com a assustadora trilha sonora de Hans Zimmer, o compositor que escreveu as trilhas sonoras de alguns sucessos de ficção científica, incluindo Blade Runner 2049 e Interestelar.

Como esse som consegue ser captado?

As ondas sonoras são capazes de serem captadas através de um processo chamado “sonificação”. A sonificação faz parte de um novo projeto da Nasa, para tornar a nossa percepção do universo mais próxima.

Esse projeto da NASA funciona coletando e trabalhando os dados de vários telescópios diferentes, como imagens ópticas do Hubble, os raios-X do Chandra e até mesmo as informações em infravermelho do desativado Spitzer.

Nesse processo se estuda e analisa desde imagens, gráficos até sequências de DNA ou mesmo dos elementos do universo. A sonificação é uma atividade complexa, onde é preciso perceber as nuances e traduzi-las em elementos acústicos harmônicos.

A chamada sonificação diferia dos esforços anteriores que simplesmente traduziam dados astronômicos em uma forma auditiva – apresentando diferentes instrumentos – mas usando as ondas sonoras reais observadas.