6 erros comuns ao investir em ações e como evitá-los

Todo investidor iniciante já cometeu algum deslize na hora de investir. Descubra quais são os erros comuns ao investir em ações e como evitá-los.

Redação | 9 de Novembro de 2018 às 18:00

CarlaNichiata/iStock -

É muito comum quando começamos a investir em ações, cometermos alguns erros. Principalmente quando buscamos ganhos rápidos ou seguimos alguma orientação errada. Se você é um investidor iniciante é possível que já tenha cometido alguns erros, mas não se desespere! Abaixo você encontrará um infográfico com os erros mais comuns e um texto explicando como evitá-los!

Quer saber como evitar ou contornar esses erros caso identifique algum deles? Confira abaixo os 6 erros mais comuns ao investir em ações e dicas para evitá-los:

1. Não conhecer seu perfil de investidor

O perfil é que define o nível de tolerância aos riscos de perder dinheiro. Assim, esse perfil ajuda a definir os tipos de investimentos mais recomendáveis conforme cada objetivo. O investimento em ações é recomendado para pessoas que estão dispostas a correr riscos maiores visando obter mais lucros. Conheça o seu perfil preenchendo o questionário disponibilizado pelo seu banco e corretora de valores mobiliários.

Como evitar?

Conheça seu perfil de investidor e saiba até onde você pode ir! Evite aplicar em operações mais arriscadas, ou parcelas maiores do seu patrimônio do que o seu perfil de investidor sugere. Por exemplo, limite a 10% do seu patrimônio o investimento em ações se o seu perfil é conservador e ainda assim tiver a certeza de que deseja investir em uma opção com risco de perda mais elevado para diversificar seus investimentos.

Leia também: Qual é o seu perfil de investidor?

2. Acreditar que o perfil de investidor não muda ao longo do tempo

Os seus objetivos no curso de diversos momentos da sua vida podem alterar a definição do seu perfil de investidor. Em geral, pessoas mais jovens que possuem mais tempo para arriscar e corrigir erros. Elas estão mais dispostas a correrem riscos se identificando com perfis mais arrojados. Ao passo que pessoas mais maduras e mais próximas da aposentadoria passam a identificar um perfil mais conservador com objetivo de maior proteção ao patrimônio, pois provavelmente poderão precisar lançar mão dele num prazo mais curto.

Como evitar?

Saiba que o perfil de investidor muda ao longo do tempo, assim como seus objetivos, metas de consumo e necessidades diárias, de acordo com seu padrão de vida. Para que seus investimentos acompanhem as mudanças do seu perfil de investidor e dos seus objetivos, siga a recomendação dos especialistas do mercado e refaça o questionário do banco e da corretora de valores imobiliários a cada 02 anos.

3. Não conhecer as regras do mercado

Não conhecer as regras do mercado e as características do tipo de investimento antes de decidir aplicar o dinheiro nele. Não basta se basear apenas numa dica de um amigo ou consultar somente a rentabilidade dos últimos 12 meses e a forma de tributação para decidir investir em ações. Rentabilidades passadas não são garantias de rentabilidade ou de ganhos futuros.

Como evitar?

Conheça as regras do mercado e as características do tipo de investimento antes de decidir aplicar o dinheiro nele. Pesquise sobre a empresa da qual você deseja comprar ações. Observe se ela apresenta lucro nos últimos 10 anos, se paga dividendos e juros sobre o capital próprio regularmente e o setor de sua atuação, conheça previamente os custos da operação e da movimentação, se há taxas de administração, taxa de saída, as regras de resgate do valor investido (liquidez) e a tributação, para não achar que ganhou menos do que gostaria.

Simule um investimento antes de aplicar no site da sua corretora se ela disponibilizar esta facilidade e, compare a rentabilidade com outras opções de investimentos, além de consultar apenas a rentabilidade passada. Essa consulta é importante para entender o comportamento da ação, mas é apenas uma das características que você deve conhecer antes de decidir aplicar seus recursos.

4. Diversificar de menos

Concentrar grande parte dos recursos em um investimento só, mesmo que ele seja indicado ao perfil conservador, pode acabar se tornando arriscado se a rentabilidade não for ao menos acima da inflação. É o que acontece com a Poupança e pode acontecer eventualmente com alguns Fundos de Renda Fixa e planos de Previdências Privadas. Diversificar os investimentos visa reduzir os riscos de perdas buscando a compensação de ganhos e perdas entre as aplicações de tipos diferentes;

Como evitar?

Diversificar os investimentos. Busque combinar aplicações em ativos de renda fixa e de renda variável, considerando o tipo de liquidez (possibilidade de resgatar a qualquer momento) e respeitando seu perfil de investidor para definir o volume de recursos que você deve aplicar em cada tipo de investimentos, sem surtar de ansiedade 30 dias depois.

Diversificar os investimentos visa reduzir os riscos de perdas buscando a compensação de ganhos e perdas entre as aplicações de tipos diferentes. Comprar ações de diferentes empresas, por exemplo, não necessariamente reduz o risco de perda se elas tiverem oscilações na mesma direção (as cotações variam de forma semelhante nos mesmos momentos) como empresas do mesmo setor. Consulte as recomendações de ao menos 3 corretoras distintas pesquisando na internet. Isso é menos trabalhoso do que pesquisar sozinho e possibilita encontrar ações que são unanimidade de recomendação por distintos profissionais.

5. Diversificar demais

Comprar ações de muitas empresas aplicando valores muito baixos em cada uma delas acaba não sendo rentável. A movimentação dos investimentos possuem custos e os ganhos acabam não sendo percebidos devido ao baixo volume do investimento. Além disso, o acompanhamento da cotação das ações e de eventual oportunidade de venda acabam tomando muito tempo;

Como evitar?

Diversificar na medida certa. Se você investe em ações porque seu perfil é arrojado, uma boa opção seria selecionar ações de cerca de 05 empresas diferentes, tendo até 02 do mesmo setor na carteira (por exemplo, energia, ou siderurgia, ou serviços – uma de telefonia e uma de comercio atacadista) e buscar outros tipos de investimentos também em Renda Variável como Fundo de Investimento Imobiliário, Fundo de Ações Multimercado, um investimento estruturado, etc. Contudo, considere a recomendação da maioria dos especialistas em finanças e procure combinar na sua carteira também ativos de Renda Fixa.

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6. Não ter uma estratégia para o caso de perdas

É um perigoso erro considerar apenas os potenciais de ganhos e ignorar os riscos reais de perda. Por isso é importante ter uma estratégia para o caso da cotação das ações entrar em queda. Neste caso, considere também os riscos para decidir quando encerrar o investimento e se desfazer das ações assumindo um prejuízo.

Como evitar?

Tenha uma estratégia para minimizar prejuízos. Como investir em ações envolver risco alto de perder dinheiro, o investidor não por ser negligente com o risco a ponto de assumir uma perda muito grande. Por isso é importante ter um plano B traçado desde o início da operação para o caso da cotação das ações entrar em queda. Uma boa estratégia é definir um valor máximo suportável para um prejuízo. Assim, se isso acontecer, o prejuízo já terá sido considerado no balanço de compensação da sua carteira e você dificilmente perderá todos os seus recursos.

Considere ter que encerrar uma operação, vender ações com um prejuízo pré-considerado ou resgatar cotas de um fundo de investimentos que esteja acumulando prejuízo. Verifique se a sua corretora possui mecanismos de blindagem ou do bloqueio que permitam encerrar ou interromper uma operação de forma automática, tendo em conta um determinado parâmetro, sem que seja preciso você ter de fazer uma operação. Outra alternativa é alugar as ações que estejam com a cotação em queda para receber uma remuneração fixa por um determinado período, ainda que ela seja baixa. O objetivo aqui é minimizar o prejuízo se você não quiser se desfazer das suas ações.

Por Samasse Leal