10 inovações surpreendentes da Primeira Guerra Mundial

Nem todo mundo sabe, mas muitas coisas que usamos no dia a dia foram verdadeiras inovações durante períodos de guerra. Veja e surpreenda-se!

Redação | 1 de Novembro de 2020 às 01:01

AaronAmat/iStock -

Nem todo mundo sabe, mas muitas coisas que usamos no dia a dia foram verdadeiras inovações durante períodos de guerra. Veja abaixo 10 delas e surpreenda-se!

1. Horário de verão 

Só na Primeira Guerra Mundial governos adotaram oficialmente o horário de verão. Para poupar recursos como combustível e aumentar o dia de trabalho para o esforço de guerra. Os alemães e austro-húngaros foram os primeiros, em 1916, e os Aliados os seguiram logo depois.

2. Sobretudos

Embora Charles Macintosh tenha inventado agasalhos impermeáveis cerca de um século antes da Primeira Guerra, Burberry e Aquascutum os modernizaram para manter os oficiais britânicos secos e aquecidos. Hoje, os trench coats (casacos de trincheira) mantêm abas e argolas originalmente criadas para prender pistolas, mapas e até espadas.

3. Bancos de sangue

Até a Primeira Guerra, faziam-se transfusões passando o sangue de uma pessoa à outra – e eram raras. Então Oswald Robertson, médico da reserva do exército americano que assessorava o exército britânico, reconheceu a necessidade de armazenar sangue antes da ocorrência de baixas. Em 1917, ele ajudou a criar o primeiro banco de sangue da frente ocidental.

4. Hollywood

Com a Europa na linha de fogo, sua indústria cinematográfica teve de recuar. Isso abriu a porta para os americanos. Logo Hollywood ganhou fortunas produzindo propaganda de guerra. A guerra em si ofereceu material para muitos filmes nas décadas de 1920 e 1930, como Asas, filme mudo de 1927 passado na Primeira Guerra Mundial, que ganhou o primeiro Oscar de melhor filme.

5. Relógio de pulso

Esses relógios já existiam no século 19, mas só se tornaram populares entre os homens quando a Primeira Guerra Mundial demonstrou em combate sua superioridade sobre os relógios de bolso, principalmente para os comandantes que coordenavam ataques de precisão. No fim da guerra, toda uma geração de rapazes tinha um relógio de pulso ou queria ganhar um no Natal.

6. Salsichas de soja

Em 1918, em Colônia, na Alemanha, o prefeito Konrad Adenauer pediu a patente de sua nova maneira de preservar a carne: misturar salsicha com farinha de soja. Embora não vegetariano, o método vingou. Hoje os produtos feitos com “carne” de soja são um setor multibilionário.

7. Pilates

Quando a Primeira Guerra Mundial começou, o artista de circo Joseph Hubertus Pilates foi preso na Inglaterra por ser de nacionalidade alemã. Ele usou esse tempo para aperfeiçoar uma rotina de exercícios desenvolvida por ele, com molas presas a leitos de hospital. Hoje, milhões de pessoas praticam Pilates.

8. Absorventes higiênicos descartáveis

Feito de polpa de madeira, o “cellucotton” da empresa Kimberly-Clark se tornou um produto básico nos hospitais militares como alternativa mais barata e absorvente às ataduras de algodão. Quando a guerra terminou, os executivos da empresa descobriram que muitas enfermeiras tinham usado o cellucotton como absorvente higiênico, e nasceu um produto novo e barato.

9. Cirurgia plástica

A Primeira Guerra Mundial deixou milhares de feridos. Harold Gillies e seus colegas cirurgiões do exército britânico fizeram mais de 11 mil operações, principalmente em soldados feridos por tiros no rosto. Gillies recebeu o título de cavaleiro por suas ações e acabou conhecido como o pai da moderna cirurgia plástica.

10. Passaportes modernos

Na esperança de restaurar o turismo na Europa, em 1920 a Liga das Nações estabeleceu diretrizes para uniformizar os passaportes. O documento-padrão teria a capa gravada com o brasão e o nome do país emitente, com a mesma aparência básica que tem hoje na maioria dos países.

POR JACOPO DELLA QUERCIA