O lado terno dos animais selvagens

Você sabia que alguns animais selvagens também podem agir pelo bem comum de sua espécie? Confira essa história surpreendente!

Julia Monsores | 26 de Novembro de 2019 às 17:00

lucas1958/iStock -

Você sabia que alguns animais selvagens também podem agir pelo bem comum de sua espécie? Confira essa história surpreendente! 

Um falcão paira sobre um ninho de cotovia, prestes a mergulhar para a matança. Em vez de proteger os filhotes, a mãe cotovia abandona o ninho, arrastando uma asa pelo chão como se estivesse ferida. Faz isto para parecer uma presa fácil e desviar a atenção do falcão. E assim, protege os filhos arriscando sua própria vida. 

Os animais podem ser generosos?

(Foto: Schaef1/iStock)

O instinto que leva uma mãe a se sacrificar por suas crias tem uma lógica óbvia. Mas, em muitas espécies de animais selvagens de aves ou mamíferos, tios, irmãs ou irmãos fazem sacrifícios semelhantes. Podemos considerar que os animais são generosos ou altruístas por causa disso?

Entre as raposas-vermelhas, as irmãs vivem em grupo, mas só uma procria. As outras ajudam a cuidar das crias, alimentando-as, treinando-as e velando para que não saiam da toca ou do território. O gaio-anão da Flórida chega a arranjar seis outros gaios para o ajudarem a tratar dos filhotes. Esses ajudantes, geralmente irmãos ou irmãs mais velhos dos recém-nascidos, trazem comida e repelem os predadores. 

Também os suricatos-cinzentos cuidam dos jovens membros dos seus grandes clãs e os ensinam a procurar alimentos. Os mangustos, os cães selvagens africanos e os chacais fazem o mesmo. 

Pelo bem comum

Muitos zoológicos explicavam esse comportamento dizendo que os animais agem assim para o bem da espécie – a sobrevivência da espécie seria mais importante que a de um indivíduo. Contudo, atualmente muitos estudiosos rejeitam esse ponto de vista por ser demasiado sentimental. Sugerem que os animais só se comportam altruisticamente para ajudar a defender a espécie e os genes que têm em comum com outros membros da família. Ao fazê-lo, estão preservando uma parcela do seu próprio material genético – não tanto como se fossem eles próprios a procriar, mas o suficiente para que o seu sacrifício valha a pena. 

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