Como um pomar de laranjeiras se transformou na capital do cinema

Se existe uma palavra que simboliza o cinema, essa palavra é Hollywood. Considerado o lugar do mundo que mais publicidade faz de si mesmo, Hollywood

Julia Monsores | 1 de Junho de 2020 às 20:00

David Mark/Pixabay -

Se existe uma palavra que simboliza o cinema, essa palavra é Hollywood. Considerado o lugar do mundo que mais publicidade faz de si mesmo, Hollywood chegou a construir nas colinas vizinhas o seu nome em letras garrafais, do tamanho de um prédio de cinco andares. E, no entanto, esse famoso centro da indústria cinematográfica era uma região de pomares poeirentos nos arredores de Los Angeles.

Comprado em 1880 pelo especulador imobiliário Horace H. Wilcox, a localidade foi batizada como Hollywood por sua mulher, Daeida, em homenagem à casa que um amigo possuía em Chicago. Fervoroso adepto da Lei Seca, Wilcox esperava fazer de Hollywood uma comunidade religiosa sem bebidas alcoólicas, mas os acontecimentos contrariaram-no.

Em 1910, Hollywood foi incorporada a Los Angeles. Na época, os primeiros realizadores de cinema já se encontravam na região, pois tinham se dado conta de que o sul da Califórnia oferecia condições ideais: sol frequente e uma diversidade de paisagens cenográficas – deserto, mar, montanhas e florestas.

A celebridade nos subúrbios

Em 1913 estreava The Squaw Man, de Cecil B. De Mille. Foi o primeiro longa-metragem feito Hollywood e constituiu um êxito de bilheteria. Com De Mille no comando, a recém-fundada Paramount prosperou. Logo se seguiram seis outras companhias: Universal, Fox, MGM, Warner Brothers, United Artists e Columbia. Por volta de 1920, já era indiscutivelmente a capital cinematográfica do mundo.

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Ao longo das três décadas seguintes, atraiu os melhores escritores, produtores e atores do mundo – que acorriam à nova cidade em busca de fama e dinheiro. Mas apesar das estrelas que lá vivem, Hollywood é apenas um prolongamento da vasta e poluída área urbana de Los Angeles e, como dizia o escritor Raymond Chandier, “tem a personalidade de um copo de papel”.

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