Os índios realmente se comunicavam por sinais de fumaça?

Muitas pessoas, influenciadas por filmes de faroeste, acreditam que os índios americanos podiam comunicar-se por meio de sinais de fumaça. E isso quase

Julia Monsores | 25 de Outubro de 2019 às 21:00

aaronrutten/iStock -

Muitas pessoas, influenciadas por filmes de faroeste, acreditam que os índios americanos podiam comunicar-se por meio de sinais de fumaça. E isso quase tão facilmente como nós hoje por telefone. Infelizmente, essa ideia é um exemplo típico do exagero de Hollywood. 

De fato, os sinais de fumaça eram usados especialmente por tribos seminômades das grandes planícies da América do Norte. Porém, seu objetivo limitava-se a mensagens simples, com significado já combinado. Os pimans do Arizona podiam assinalar o fim de uma missão bem-sucedida lançando ao ar uma coluna de fumaça, à qual a aldeia responderia com duas colunas. 

Veja também: Como povos de todo o mundo lidam com a morte

As fogueiras eram alimentadas com erva úmida e folhagem e, embora existam relatos do uso de mantas para pontuar os sinais, uma ou duas colunas de fumaça, simples e contínuas, eram suficientes para enviar uma mensagem. Era o lugar de onde provinha o sinal – do alto de uma colina ou do vale – que lhe atribuía quase todo o significado. Quando os apaches que estavam caçando avistavam ao longe outro grupo de índios, acendiam uma fogueira bem visível à direita do seu próprio grupo, que queria dizer:

“Quem são vocês?” Os outros, se fossem amigos, enviavam então uma resposta preestabelecida. Na maioria das vezes, os sinais de fumaça eram usados para notificar a vitória numa batalha, alguma doença num acampamento ou a aproximação de inimigos.