“Sem chance!”: as férias com a filha adolescente

Confira a crônica de humor da humorista francesa Anne Roumanoff sobre como foi passar as férias com a filha adolescente e divirta-se!

Redação | 27 de Novembro de 2018 às 14:00

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Todo adolescente tem um grande talento para complicar situações simples. Quem tem filhos nessa idade ou apenas convive com algum no dia a dia pode confirmar isso. Mas, outra especialidade deles é a capacidade de mudar de mudar de água para o vinho de uma hora para outra (e vice-versa!). Confira abaixo a crônica escrita com muito humor pela humorista francesa Anne Roumanoff,  sobre como foi passar as férias com a filha adolescente:

Ela pergunta: “Onde vamos passar as férias este ano?” Nossas sugestões são recebidas de cara feia. Ela quer “algo animado, onde aconteça muita coisa”. Ficamos irritados.

– Então não venha conosco, se o sofrimento é tão grande.

– Sem chance! Mãe, você sabe que provavelmente essas serão nossas últimas férias juntos. Depois, vou viver minha vida.

Após mudar de planos 15 vezes, ela decide que vai nos honrar com sua presença. E aqui estamos nós, arrastando conosco uma adolescente mal-humorada, que só tem olhos para o iPhone e que, quando a irmã menor quer brincar, diz: “Sem chance! Estou ocupada.”

Para alguém que queria coisas “animadas”, não podemos deixar de notar que é impossível tirá-la da cama antes do meio-dia. Quando termina de se maquiar, são três da tarde. Quando finalmente escolhe a roupa (short quando está chovendo), já são cinco.

Ela consente em sair para caminhar, mas depois de poucos metros pede para se sentar em um café “para descansar um pouco”. De repente, seu olhar brilha, e a adolescente exausta e cansativa se torna encantadora, bonita e sorridente. Procuramos o que provocou transformação tão milagrosa, e vemos um rapaz com risonhos olhos azuis.

– Ah, mãe, você pode voltar e pegar meu suéter? Estou gelada.

Poderíamos nos vingar facilmente dizendo “Sem chance!”, mas, com muita elegância, vamos saindo de fininho. Não importa o que se diga; os adolescentes de hoje não são tão diferentes assim dos jovens do século 20.

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