Aborto espontâneo: como superar o luto pela perda de um bebê

Entenda o que é o aborto espotâneo, como e os motivos pelos quais ele acontece, e veja as principais formas de lidar com o luto da perda de um bebê.

Letícia Taets | 16 de Julho de 2020 às 13:00

fizkes/iStock -

Estima-se que uma em cada quatro gestações sejam interrompidas naturalmente, em um processo conhecido como aborto espontâneo.  A perda de um bebê, situação que foi vivida recentemente pela atriz Mariana Rios, pode causar impactos profundos, não só para a mãe, mas para toda a família.

Não há fórmula mágica para superar a perda de um bebê, mas existem processos que podem ajudar a lidar com o luto e a retomar a rotina, com o passar do tempo.

Entenda, a seguir, o que é o aborto espontâneo e veja formas de amenizar o trauma após uma gestação interrompida.

RELACIONADAS

Boas piadas para se divertir no final de semana

Bolinho doce com recheio de chocolate que não vai ao forno

Saiba quanto custa assinar cada streaming em 2025

Leia também: As dores no corpo podem ter origem psicológica?

(Imagem: LarsZahnerPhotography/iStock)

O que é um aborto espontâneo?

Um aborto espontâneo é definido como a perda do feto antes do término da 24ª semana de gestação, e é mais comum que ocorra nas 12 primeiras semanas.

Diferentemente do aborto induzido, no qual a interrupção da gravidez ocorre de forma voluntária, o aborto espontâneo ocorre de forma natural, em um processo próprio do corpo da gestante.

As razões pelas quais um aborto espontâneo podem ocorrer são diversas, desde a não-implantação correta do embrião no útero até uma má-formação fetal. Também é possível que o aborto ocorra por alterações hormonais, consumo de drogas lícitas e/ou ilícitas, doenças auto-imunes e infecções.

Os sintomas mais comuns de aborto espontâneo são sangramento, dores abdominais fortes, e, em alguns casos, dores nas costas. Caso a gestante apresente estes sintomas, é necessário ir à emergência médica o mais rápido possível.

Como superar o aborto?

Não há forma fácil de lidar com o aborto de um bebeê que era esperado. Por isso, é importante compreender que a dor do luto é perene e que a perda de um bebê ainda na gestação não deve ser considerada menor do que a de perder um filho já nascido.

Abaixo, reunimos algumas dicas para ajudar a lidar com este momento tão delicado, sempre recomendando a busca de ajuda profissional da saúde.

1. Fique de luto pelo tempo que julgar necessário

(Imagem: CentralITAlliance/iStock)

Estamos socialmente condicionados a pensar que a superação deve acontecer o mais rápido possível, pois não há tempo a perder, mas isto não é verdade.

A dor do luto é uma dor perene e só você sabe qual é o melhor momento de voltar à sua rotina anterior. Não tenha pressa e respeite o seu próprio tempo.

2. Não se pressione a falar sobre o ocorrido

(Imagem: demaerre/iStock)

Caso seja necessário comunicar a perda do bebê às pessoas do seu convívio, mas você não se sinta pronta, peça a um amigo ou familiar que o faça por você.

O mesmo vale para postagens e mensagens em redes sociais: se não estiver disposta a falar sobre o assunto online, não se sinta obrigada a fazê-lo.

3. Coloque a si mesma e aos seus sentimentos em primeiro lugar

(Imagem: fizkes/iStock)

Para muitas mulheres, especialmente no período mais próximo ao aborto, é difícil estar por perto de mulheres grávidas e/ou com filhos pequenos.

Caso se sinta assim, ouça seu desconforto, converse com suas amigas e familiares sobre isto e se distancie temporariamente.

4. Esteja pronta para passar por datas importantes

(Imagem: Tunatura/iStock)

Datas como as planejadas para o parto, do chá de bebê ou do chá de revelação do sexo podem ser bastante dolorosas de atravessar. Esteja pronta para sentir alguma dor especialmente nestas datas e busque apoio emocional para se fortalecer neste momentos difíceis.

5. Procure pessoas com quem você possa desabafar

(Imagem: SILVERBLACK/iStock)

Falar sobre a sua perda (ao se sentir pronta para isso, é claro) com alguém em quem você confie é parte fundamental do processo de superação do luto.

Externalizar nossas dores possibilita a percepção de que não estamos sozinhos em nosso sofrimento, e que podemos nos conectar a pessoas solidárias a nós.

Também é recomendável buscar ajuda especializada com um psicólogo.

Compartilhe: