Uma nova chance a mulheres em situação de vulnerabilidade

O projeto #EuCuido emprega mulheres em situação de vulnerabilidade em oficinas de costura, produzindo máscaras de proteção.

Thaynara Firmiano | 6 de Setembro de 2020 às 20:00

Nata Glubnycha/iStock -

A pandemia da Covid-19 pegou toda a sociedade de surpresa e acabou deixando muitos sem saber como lidar com as consequências de uma quarentena. A ação #EuCuido surgiu com o objetivo de ajudar mulheres em situação de vulnerabilidade social. Além de empregar essas mulheres, o projeto doa máscaras de proteção. 

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Uma parceria entre o Hospital Albert Einstein, Sistema B, Din4mo, Grupo Gaia, Blend e Movimento EuVistoOBem, gerou dezenas de empregos voltados a detentas, mulheres egressas do sistema prisional, imigrantes e refugiadas. Essas mulheres são responsáveis pela confecção de máscaras em duas oficinas de costura. Parte das máscaras são vendidas e outra parte é doada. 

Mais de 50 mulheres em situação de vulnerabilidade já passaram pelo projeto

Atualmente são 46 mulheres trabalhando nas duas oficinas do projeto. Delas, 24 estão na oficina localizada na Penitenciária Feminina Drª Marina Marigo Cardoso de Oliveira, no Butantã, em São Paulo. As outras, na sede da Vila Leopoldina, na mesma cidade.

A produção é dividida em dois grupos. Um é responsável pela costura das máscaras. O outro cuida do controle de qualidade, onde os produtos são limpos e esterilizados.  

No Projeto EuCuido, as mulheres são responsáveis pela confecção das máscaras que são vendidas e doadas. (Imagem: Art Photo/iStock)

As mulheres assinam um contrato de prestação de serviços de três meses, que pode ser prorrogado. Das contratadas, 3 trabalham no regime CLT pois já eram contratadas do parceiro EuVistoBem.

As costureiras recebem R$1 por máscara produzida, o que permite que elas recebam entre  R$2mil e R$2,5 mil por mês. Já as outras colaboradoras recebem R$1.200 e mais R$300 de ajuda de custo. Elas também têm direito a atendimento psicológico semanalmente.

Entenda como acontece a distribuição

De acordo com a fundadora do projeto, Roberta Negrini, as máscaras produzidas são vendidas nas Drogarias São Paulo, Pacheco e Empório Santa Maria e nas lojas da rede St Marche. O projeto as vende por R$7 e as drogarias revendem por R$13. 

Também é possível comprar através do site www.eucuido.org.br, onde cada unidade sai por R$13, no esquema compre 1 e faça uma doação. Em caso de compra e doação, a pessoa precisa realizar uma compra mínima de 20 peças, das quais 10 serão destinadas a doação. Para apenas doar, não há quantia mínima e a máscara sai por R$6,50. 

O projeto realiza as doações desde abril de 2020. O Grupo Gaia é o responsável pela distribuição. As máscaras são enviadas para as instituições cadastradas com instruções de uso. Cerca de de 40 instituições já foram beneficiadas.  

Saiba como participar

Os profissionais que queiram ser voluntários devem entrar em contato através do e-mail roberta@euvistoobem.com.br. Palestras e profissionais que trabalhem em áreas de desenvolvimento humano e tenham interesse em aplicar seus conhecimentos no projeto também podem escrever para este e-mail.

Com informações: Folhapress