Amizade não tem idade – e isso é maravilhoso!

Se é seu amigo, não importa se ele tem 2 ou 10 anos de diferença. O que importa são as experiências que trocamos e como ela nos enriquece!

Marina Estevão | 8 de Fevereiro de 2020 às 09:00

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Amigos eu tenho.

Não muitos.

Mas mais do que posso contar nos dedos, acredito.

Na verdade, não sei diferenciar amigos de conhecidos e colegas.

Pra mim, tudo sempre esteve junto no mesmo saco, eu sempre quis dar festa pra todo mundo e chamar todo mundo na minha casa.

Por isso, me ferrei com amizades que eram só da minha parte por muitos anos.

Até que a vida te fornece a famosa peneira pra você perceber quem tá do seu lado de verdade.

E aí sobraram poucos, muito poucos.

Mas poucos que eu podia rir (deles e com eles), que eu podia chorar e podia roubar um pedaço de pudim quando eles olhassem pro lado.

Eles saberiam que era eu e ainda assim não ficariam irritados.

Mas fato é que percebi que tenho amigos na família.

Não que eu não soubesse, mas hoje tenho consciência.

Falar de sexo com meu pai? Normal.

Beber uma caipirinha com a minha mãe? Sempre.

Ouvir conselhos amorosos do meu avô que nunca se separou da minha avó?

Poucas vezes.

Mas todas muito importantes.

Uma pessoa que nunca se separou da fofa da minha avó não poderia dar esse tipo de conselhos com tanta autonomia.

Não o culpo.

Mas essas coisas aproximam e fazem com que a idade desapareça. PUF!

Quando bebo caipirinha com a minha mãe, não sei se somos duas jovens de vinte e poucos anos ou duas mulheres maduras de cinquenta.

Provavelmente, a segunda opção, porque minha coluna às vezes dói. Joelho também.

Mais recentemente, tenho saído com amigas maravilhosas, independentes, inteligentes e autênticas.

Elas têm aproximadamente 10 anos a mais do que eu.

Mas nunca senti essa diferença, só agora depois de 8 anos de amizade.

Outras, conheci há 1 ou dois anos no máximo.

Na verdade, não existe diferença. Somos o que somos: mulheres com as mesmas questões, as mesmas dúvidas, as mesmas inseguranças e – sim! – as mesmas felicidades.

Mas estar no meio delas, mulheres que eu admiro tanto, me faz sentir mais madura de algum jeito.

Me faz sentir viva, me conectar, muitas vezes onde ainda nem cheguei – isso é possível? – E viver outras aventuras é o que me move.

Afinal, ser neta, filha, sobrinha requer idade, mas ser amiga, não.

Quero aproveitar cada amizade com o que ela tem de melhor pra me oferecer.

A idade é só um número, o que vale é a experiência.