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'Faxineira' de cena de crime explica como é feita a limpeza e conta seu maior medo

Empresa de Clícia Mulet atua na limpeza do local em casos de mortes violentas

Beatriz Castro | 30 de Agosto de 2023 às 09:14

'Faxineira' diz que foi treinada para fazer todos os tipos de limpeza - Foto: Pexels
'Faxineira' diz que foi treinada para fazer todos os tipos de limpeza - Foto: Pexels

Clícia Mulet, de 32 anos, trabalha em uma empresa especializada na limpeza de ambientes que oferecem risco biológico em São Paulo. São serviços que vão muito além de água, sabão e esfregão.

A 'faxineira' de cena de crime atua na limpeza do local em casos de mortes violentas. Após o cadáver ser recolhido e levado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML), a equipe especializada começa os trabalhos.

"Fui treinada para fazer todos os tipos de limpeza: decomposições, óbito provocado, de acumuladores, desinfecção e desodorização de ambientes. As situações são muito parecidas e, onde tem risco biológico, a gente vai", explicou Clícia ao UOL.

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"Limpamos o que outros não devem, não podem ou não querem fazer", define a frase no perfil da empresa Biodecon nas redes sociais.

Clícia foi cabeleireira por oito anos e chegou a fazer curso para ser comissária de bordo, mas não atuou na área. Ela foi trabalhar com o pai, que tinha uma empresa de conserto de instrumentos cirúrgicos e desinfecção hospitalar.

Uma morte na família, em que o corpo foi encontrado dias depois, chamou a atenção do empresário e sua filha para a falta de empresas especializadas no serviço de limpeza pós-óbito no Brasil.

"Foi uma luta para a gente limpar", lembra ela, que logo em seguida foi aos Estados Unidos para fazer um curso especializado que incluía a limpeza depois da morte, de cena de crime, de traumas e acidentes e de acumuladores compulsivos.

A profissional também destaca que nunca trabalha sozinha: os serviços são feitos, pelo menos, em dupla e podem demorar até 10 horas para terminar. Seu maior medo na função não é da sujeira pesada, mas deixar alguma coisa para trás e um parente entrar na casa e ver.

"Se isso acontece, quer dizer que a gente não cumpriu o nosso trabalho direito. A pessoa acabou tendo um trauma do mesmo jeito", afirmou.

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