Sentir dor durante os exercícios é normal? Saiba o que fazer nessa situação

Escutar outros profissionais é o primeiro passo para garantir de que está tudo certo e não sentir dor.

André Messias | 13 de Julho de 2023 às 14:00

Sentir dor durante os exercícios não é algo natural - Imagem: Jelena Stanojkovic/iStock

Recentemente, Adriane, uma professora que fiz amizade numa escola em que trabalhei, me mandou uma mensagem dizendo que estava sentindo muitas dores desde que entrou para a academia. Combinamos um café e fomos conversar.

Adriane estava na academia há 3 meses, havia emagrecido um pouco, mas não estava nada satisfeita com os resultados. Além disso, ela estava sentindo muitas dores em alguns locais do corpo, dentre eles destacou os joelhos e a lombar. Conversamos por um tempo e ela me mostrou seu programa e alguns vídeos de algumas execuções. Notei alguns erros graves (no programa e nas execuções) e então a conversa caminhou nesse sentido.

Consultar outros profissionais é importante

Expliquei o que havia de errado para ela, e Adriane me disse que o professor da academia que havia lhe dito que era para fazer assim e ela havia pego aquela informação como uma verdade absoluta. Expliquei para Adriane que sempre é necessário ouvirmos mais de uma opinião, ainda mais quando se trata de nossa saúde.

O pensamento de que quando não há dor não há resultados, precisa ser desconstruído. Esse pensamento em nada combina com o principal sinônimo da atividade física: saúde. A dor é um indicador de que algo está errado e ninguém deve sofrer ao praticar exercício físico.

No caso de Adriane, ela tem um histórico de problemas em algumas partes do corpo e seu treino estava mais lhe prejudicando do que ajudando.

Nem sempre é fácil ouvir uma outra opinião. Muitas pessoas tem a tendência a ouvir ou ler alguma coisa e tomar aquilo como uma verdade absoluta e o profissional que passou tal informação é o dono do conhecimento. Porém, infelizmente, há muitos erros e, por mais experiente que o profissional possa ser, erros são cometidos por todas as pessoas, independente da área de atuação. Aliás, vale ressaltar que todos nós, a nível pessoal ou profissional, erramos. Estamos, todos, sempre em construção. 

Claro que, internamente, eu não me sentia muito confortável em apontar as falhas do programa que meu colega de profissão elaborou para Adriane. Contudo, como profissional da área da saúde é meu dever pensar sempre na saúde e no bem-estar da pessoa. Toda e qualquer dor precisa ser investigada e devem ser feitos os ajustes necessários para que elas não permaneçam.

Sugeri a Adriane que falasse para o professor que um amigo seu, professor de educação física, havia lhe dado uma aula particular e havia elaborado um novo programa. O mais importante foi explicar os movimentos para ela, visto que ela estava com grandes falhas mecânicas (vale lembrar que a execução correta representa a mais importante variável no treinamento de força). Adriane prestou atenção ao que lhe expliquei, semanas se passaram e ela estava bem melhor. Suas dores não existiam mais e ela entendeu que precisa sempre conversar com outros profissionais para que sua saúde seja sempre priorizada. 

Nem sempre conversar, estabelecer um diálogo é fácil. Porém se realmente queremos algo e se esse algo vale a pena, é preciso agir. 

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