A infecção intestinal em cachorro apresenta algum sinais fáceis de serem reconhecidos. Saiba quais são eles e quando levar o seu pet ao veterinário.
Paula Vieira | 1 de Julho de 2021 às 20:00
A infecção intestinal é uma doença que atinge muitos cães e que não costuma estar associada a nenhuma doença mais grave. Os primeiros sintomas costumam ser percebidos pelo tutor do animal ao notar alterações de hábitos e mudanças na aparência das fezes do pet. Contudo, nem sempre é fácil identificar se o cachorro está com infecção intestinal ou não. Sendo assim, em determinados casos é indispensável o auxílio de um veterinário para identificar o que está fazendo mal ao seu pet e qual o melhor tratamento.
Na maioria das vezes, a razão do problema intestinal é a comida, seja pelo excesso, intolerância a algum dos componentes da ração, alimento inadequado ou ingestão de bactérias que podem ser encontrados na água, comida ou em algum brinquedo. Mas, a infecção também pode surgir por estresse ou em decorrência da ação de um vírus.
Geralmente, a infecção originária de bactérias, vírus, e parasitas intestinais causam diarreia e vômitos nos cães e precisa ser tratada com medicamento. Outro problema que pode gerar esses sintomas é a ingestão de vermes achatados, também chamados de endoparasitas, por meio da alimentação ou água contaminada.
Em entrevista, a veterinária clínica geral, acupunturista e fisioterapeuta animal Daniela Oliveira esclareceu quais são os cinco sintomas principais que os cães apresentam em caso de infecção intestinal. São eles:
De acordo com a especialista, os pais de pet precisam ficar atentos ao comportamento do animal, observando a permanência e frequência dos sintomas descritos. Além disso, é importante não medicar o cão em casa, por conta própria, já que remédios errados podem piorar os sintomas.
Mas qual é o momento certo de buscar atendimento veterinário? A Dra. Daniela Oliveira explica que, ao perceber que o cachorro está sofrendo com algum dos cinco males apresentados, o responsável pelo pet deve levá-lo imediatamente para uma consulta.
"Percebendo qualquer sinal de diferença no comportamento do animal, associado a algum dos sintomas, como vômito, mudança nas fezes, falta de apetite e prostração, o responsável deve levar o animal imediatamente ao veterinário", alerta a especialista.
Logo após a consulta, recomenda-se que os pais do pet iniciem imediatamente a aplicação dos medicamentos receitados pelo(a) veterinário(a). De acordo com Daniela, o período de tratamento costuma durar sete dias, mas o tempo de reposição da flora intestinal e a investigação da causa da infecção podem levar entre 30 e 60 dias.
"Geralmente, são usados no tratamento antieméticos, analgésicos, probióticos, vermífugos e a prática da antibioticoterapia. Dependendo da gravidade do caso, é recomendada a internação para que o cão receba hidratação e medicação venosa em fluidoterapia, que é o procedimento de administração de fluidos pelas vias oral, intravenosa e subcutânea", explicou a especialista.
Problemas intestinais costumam causar dores e desconforto no cachorro. Por isso, é ideal deixá-lo o mais confortável possível e dar atenção e carinho, assim como ter muito bem definidos os horários dos medicamentos.
Além disso, segundo a médica veterinária, a alimentação do animal também deve ser modificada a partir dos primeiros sintomas e do diagnóstico.
"Em geral, opta-se por uma alimentação mais natural, como: arroz, peito de frango, legumes ou rações terapêuticas, dependendo da causa e da origem da infecção."
É importante lembrar que os cães possuem um organismo tão sensível quanto o humano, e os filhotes têm ainda mais propensão a desencadear alguma doença infecciosa. Por isso, os tutores precisam ter a responsabilidade de oferecer todos os cuidados necessários ao cão.
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A saúde do animal depende do ambiente em que ele vive, da alimentação, de exercícios e da ingestão de água e suplementos. Porém, é necessário ter cuidado também durante os passeios, já que o cão pode acabar comendo algo da rua que esteja infectado por vírus ou bactéria, o que torna o diagnóstico ainda mais complicado.
Portanto, caso o seu cachorro apresente algum dos sintomas citados nesta matéria, procure imediatamente um especialista em veterinária.