Quer saber como é possível combater a violência contra a mulher para além das denúncias no 180 e DEAMs? Confira aqui o que fazer.
Letícia Taets | 7 de Agosto de 2021 às 15:00
De acordo com dados da pesquisa“Violência doméstica durante a pandemia de Covid-19”, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma em cada quatro mulheres brasileiras sofreu com a violência doméstica no decorrer da pandemia.
Desde a criação da Lei Maria da Penha, passaram a ser tipificados outros quatro tipos de violência contra a mulher; isto é, além da violência física, a moral, a psicológica, a sexual e a patrimonial.
Assim como fazer a denúncia ligando 180 ou indo a uma Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM), existem outras atitudes que você pode tomar, mesmo que não seja você a vivenciar a situação de violência.
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Veja abaixo o que você pode fazer:
A violência doméstica pode acontecer com qualquer pessoa, começa no início de um relacionamento. Por outro lado, pode levar meses ou até anos para aparecer. No entanto, geralmente é possível identificar sinais de perigo desde o início da relação.
Primeiramente, desconfie das seguintes atitudes:
Se você perceber que seus vizinhos estão envolvidos em circunstâncias agressivas, ou souber de alguém do seu convívio envolvido em uma situação de violência contra a mulher, disque 180 e faça a sua denúncia. Esta simples atitude pode salvar uma vida.
Uma das principais razões pelas quais mulheres permanecem em uniões abusivas e violentas é o fato de sentirem que não há para elas uma rede de apoio, caso elas saiam do relacionamento. Se alguma mulher confidenciar a você que está sofrendo de violência doméstica, ouça, sem julgamento. Pergunte como você pode ajudar.
Uma mulher que esteja sofrendo violência doméstica pode não conseguir pesquisar abrigos, planos de fuga ou até mesmo ter uma conta bancária e um telefone celular enquanto vive com seu agressor. Você pode se oferecer para ajudar com isso de maneira a mantê-la segura até que a saída seja possível.
Documente cada incidente testemunhado e inclua a data, hora, local, lesões e circunstâncias. Estas informações podem ser muito úteis em relatórios policiais posteriores e processos judiciais, tanto criminais como civis.
Ajude um abrigo local ou uma organização que lute contra a violência doméstica para aumentar a conscientização na sua comunidade, seja com seu tempo ou como recursos financeiros. ONGs, como o Instituto Maria da Penha, a Sobre Viver, Mapa do Acolhimento e Associação Artemis estão sempre aceitando novos voluntários e também doações.