8 notícias médicas que você precisa saber

Todos os meses nós reunimos algumas notícias do mundo da medicina para você ficar bem informado sobre as novidades médicas.

Douglas Ferreira | 12 de Agosto de 2021 às 16:00

shansekala/iStock -

Todos os meses nós reunimos algumas novidades do mundo da medicina para manter você informado sobre as novidades médicas. Abaixo você pode conferir 8 notícias interessantes para se manter bem informado.

1. Golfe faz bem para pacientes com Parkinson

O exercício físico é um dos tratamentos mais poderosos para quem tem doença de Parkinson, mas muitos pacientes não se motivam. Na tentativa de identificar uma atividade física benéfica e já popular, um estudo americano comparou o tai chi chuan – sabidamente ótimo para melhorar o equilíbrio e prevenir quedas – com o golfe, esporte favorito de muitos americanos com mais de 55 anos. Em dez semanas, os pacientes com Parkinson que jogaram golfe sentiram melhoras do equilíbrio e da capacidade de caminhar. Igualmente importante foi que 86% dos golfistas disseram que continuariam “definitivamente” a praticar a atividade depois do fim do estudo, contra 33% do grupo do tai chi chuan.

2. Estresse? Lembre-se de um triunfo seu

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Você já deve ter ouvido que “pensar positivo” no caso de experiências estressantes ou dolorosas pode ser uma ferramenta útil; mas agora um estudo suíço sugere que a “autoeficácia”, ou acreditar na própria capacidade, talvez seja ainda melhor. Pesquisadores instruíram metade dos participantes a recordar um evento positivo (uma época feliz com amigos ou com a família, por exemplo) e a outra metade a pensar numa ocasião em que conseguiram resolver um problema difícil ou realizar uma tarefa complicada. Então pediram aos dois grupos que recordassem uma lembrança muito ruim. O grupo da autoeficácia achou isso bem menos angustiante do que o grupo da positividade, indicando que refletir sobre o próprio sucesso é um jeito bom de aumentar a resiliência.

3. Estrogênio ajuda a regular a pressão arterial

Nas mulheres, o estrogênio ajuda a regular a pressão arterial. Mas, durante a menopausa e depois dela, o nível de estrogênio cai, e o risco de hipertensão arterial sobe. Infelizmente, alguns sintomas da menopausa – palpitações, fogachos, dor de cabeça, dor no peito e cansaço – são idênticos aos alertas da hipertensão. Por essa razão, a Sociedade Europeia de Cardiologia recomenda monitorar a pressão durante a menopausa a fim de assegurar que nenhuma mudança importante passe despercebida.

4. A alergia a amendoim não ameaça só crianças

Em quase 20% dos adultos com alergia a amendoim, o problema surgiu depois dos 18 anos. Em geral, isso acontece com pessoas que têm alergia a pólen; seu sistema imunológico pode confundir as proteínas de alguns alimentos com o pólen. Mas é menos provável que as pessoas com alergia a amendoim quando adultas recebam um diagnóstico formal, e menos da metade será orientada a usar adrenalina autoinjetável em caso de choque anafilático. Mesmo que você não tenha tido problemas com amendoim até agora, consulte o médico se, depois da exposição, notar sintomas alérgicos como urticária, coriza, formigamento na boca, inchaço na garganta, falta de ar ou tontura.

5. O benefício dos períodos curtos de exercício

Os profissionais de saúde costumavam dizer que é preciso se exercitar pelo menos dez minutos de cada vez para obter benefícios, mas vêm se acumulando indícios de que qualquer coisa é melhor do que nada. Por isso, as diretrizes de atividade física e comportamento sedentário da OMS não recomendam mais uma duração mínima para as sessões de exercício. Os cientistas adotaram a expressão exercise snack (“lanchinho de exercício”) para se referir aos momentos de atividade física de pouca duração. Entre os exemplos, estão algumas flexões, 60 segundos na bicicleta ergométrica ou subir correndo um lance de escada. O ideal ainda é ter sessões de exercício mais longas e regulares, mas qualquer atividade que você encaixar durante o dia lhe fará bem.

6. Dicas para reduzir a “fadiga do Zoom”

Mesmo quando a pandemia ficar para trás, é provável que os aplicativos de videoconferência como o Zoom continuem presentes. Infelizmente, comunicar-se dessa maneira tende a deixar as pessoas esgotadas, e um artigo da Universidade Stanford identificou alguns motivos.

Para começar, a videoconferência mostra imagens próximas do rosto das pessoas, que parecem fazer contato ocular direto e prolongado com você porque estão olhando a tela. Nas interações presenciais, esse tipo de linguagem corporal é geralmente reservado para conflitos ou relacionamentos íntimos. Embora a mente consciente saiba que é só uma reunião de negócios ou um bate-papo amistoso, outra parte nossa sente instintivamente como inquietantes essas mensagens não verbais. Para reduzir essa fonte de tensão, você pode usar o modo só de áudio por algum tempo ou minimizar a janela do aplicativo a fim de que a cabeça das pessoas não fique tão grande e próxima. Em geral, os softwares de videoconferência também mostram a gravação de seu vídeo, e pode ser desagradável ver o próprio rosto durante períodos tão longos. Afinal, quando nos vemos, é difícil resistir à autoavaliação, que é estressante e, com frequência, piora o humor. Há uma solução simples para esse problema: depois de conferir se o enquadramento está bom, esconda a janela de autovisualização e se concentre nas pessoas com que estiver se reunindo ou no tópico a ser discutido.

7. Cantar para o cérebro

Erguer a voz em coro traz benefícios cognitivos, de acordo com um estudo finlandês que encontrou melhor fluência verbal em idosos cantores quando comparados a não cantores. Faz sentido, pois esse hobby exige regulagem da atenção, processamento versátil de informações, produção linguística, aprendizagem e memorização.

8. O que comer para prevenir o câncer colorretal

O câncer colorretal é um dos mais diagnosticados no mundo inteiro, e a alimentação afeta a probabilidade de seu desenvolvimento. Uma revisão das melhores evidências até agora, publicada em fevereiro na revista JAMA Open Network, concluiu que é possível baixar o risco limitando álcool e carne vermelha, comendo alimentos ricos em  fibras e cálcio e, se você for tolerante a lactose, iogurte.