A informação é a chave para a prevenção do câncer de mama. E a ciência tem recomendações importantes que vão te ajudar a se prevenir.
Redação | 3 de Outubro de 2022 às 17:30
O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as brasileiras. O primeiro é o câncer de pele não melanoma. No entanto, o prognóstico é bom se ele for diagnosticado precocemente. Por isso, é muito importante levar a sério a importância da prevenção do câncer de mama.
Uma das principais causas da doença são os altos níveis sanguíneos de hormônios como o estrogênio. Após a menopausa, a obesidade e o aumento de peso intensificam os níveis hormonais, levando a um aumento do risco. Quanto mais longa for a sua vida, maior será a sua exposição ao estrogênio e a outras toxinas ambientais, e maior a probabilidade de ter a doença. Mutações genéticas hereditárias são responsáveis somente por cerca de 5% a 10% dos casos.
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Adicionar estrogênio às células mamárias é como despejar gasolina em um incêndio. Faz com que as células se dividam mais rapidamente, aumentando o risco de alguma cometer um “erro” nessa divisão, produzindo, assim, células cancerígenas. O sistema imunológico pode eliminar algumas células cancerígenas. Mas, se você estiver tomando estrogênio, essas células irão rapidamente sobrepujar as suas defesas naturais. Uma pesquisa descobriu que a reposição hormonal por apenas três anos quadruplica o risco de a mulher ter um dos tipos mais perigosos de câncer de mama.
Uma boa razão para dizer “não” a sobremesas e doces hipercalóricos: na menopausa, a cada 5 kg que você ganha, o risco de contrair câncer de mama sobe 1%. A principal causa: células gordurosas eliminam substâncias químicas que podem converter outros hormônios, como testosterona, em estrogênio. A testosterona é encontrada tanto em homens como em mulheres, embora bem menos nelas.
Por outro lado, se você estiver na menopausa e perder 5 kg ou mais e mantiver essa perda de peso, seu risco será 57% menor. Isso se não tomar hormônios e em comparação ao risco de mulheres cujo peso permaneceu o mesmo e está até um pouco mais alto do que deveria.
Se desejar reduzir ao mínimo o risco de morte por essa doença, faça mamografias anuais depois dos 40 anos. Esse exame revela, em um estado inicial, a maioria dos tipos de câncer de mama. Pesquisas mostram que ao menos 90% das mulheres que têm diagnóstico de câncer de mama em um estágio inicial permanecem vivas depois de cinco anos desde o diagnóstico.
Compare esse resultado ao das mulheres cujo diagnóstico é feito depois que o câncer já havia passado para os linfonodos. Neste caso, a taxa de sobrevivência é de 86%. E isso piora muito em comparação àquelas cujo câncer se espalha para outras partes do corpo, pois a sobrevida depois de cinco anos é de apenas 27%.
É comum em casos de prevenção de mulheres mais jovens sem fator genético, que seja indicada a ultrassonografia das mamas. Uma combinação da ultrassom com a mamografia também pode ser pedida, dependendo da avaliação do médico.
E sempre é válido ressaltar: lembre-se de fazer o autoexame de mama todo mês.
Uma taça de vinho durante uma boa refeição não é apenas fonte de prazer, mas também saudável para o coração. No entanto, uma taça por dia pode elevar ligeiramente o risco de contrair câncer de mama. E, se você bebe mais de uma taça por dia, deve se preocupar. Cerca de 4% de todos os cânceres de mama estão relacionados à ingestão de álcool. Por isso, quanto mais você beber, mais suas chances de desenvolver a doença aumentarão. Pesquisadores acreditam que o álcool aumenta a produção de estrogênio.
Se a sua decisão for a de ingerir mais de uma dose de álcool por dia, o que não é recomendável, tente limitar o risco. Procure um médico, pois ele pode avaliar se é recomendável um suplemento vitamínico que contenha cerca 400 microgramas de ácido fólico. Essa vitamina do complexo B pode ajudar a consertar os erros que as células fazem ao se dividir, amenizando os perigos causados pelo álcool.
Use as escadas no lugar do elevador, faça diariamente uma caminhada ou vá à academia. Exercícios físicos regulares, em uma média de 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, reduzem o risco de desenvolver câncer de mama. O motivo é simples: quanto mais fisicamente ativa você for, menores serão a sua gordura corporal e seu risco de contrair o câncer de mama. Por exemplo: fazer caminhadas regulares reduz o risco desse câncer em até 60%. E quanto mais cedo você começar a fazer exercícios melhor.
A ameaça de câncer de mama tira o seu sono? Converse com o seu médico. Ele vai avaliar o seu caso e determinar o seu risco de câncer de mama. Se o risco for, pelo menos, 60% maior do que o de outras mulheres da sua faixa etária, você poderá ser candidata à quimioprevenção. Isso significa tomar, por cinco anos, substâncias que imitam o estrogênio no organismo, evitando que o hormônio afete as células da mama. Pesquisas revelaram que esses medicamentos diminuem em 49% o risco de câncer de mama em mulheres do grupo de risco.
Atenção: Esta matéria tem caráter informativo e não substitui a consulta médica. Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.