Protetor solar físico ou químico? Conheça as principais diferenças

Descubra as principais diferenças entre o protetor solar físico e o químico. Suas substâncias e qual o melhor para a pele.

Thaís Garcez | 17 de Agosto de 2021 às 13:00

Grassetto/iStock -

Seja verão ou inverno, o uso de protetor solar é indispensável. Ainda mais com o aumento contínuo do buraco na camada de ozônio. E para que essa proteção seja realmente eficaz, podemos contar com o protetor solar físico e o químico. Mas qual seria a diferença entre eles?

Geralmente, nas farmácias, o protetor solar químico é o mais fácil de encontrar. Por se mais barato também, é o que a grande maioria da população usa. Já o protetor solar físico, ou mineral, tem um custo mais elevado e pode ser encontrado em outras formulações, como em pó, por exemplo.

Ambos funcionam perfeitamente para o que se propõem: proteger a pele do Sol. Entretanto, a versão química pode conter substâncias que não são tão favoráveis ao organismo. Entenda melhor a seguir.

Protetor solar físico x Protetor solar químico

Ler a composição do protetor solar é uma boa dica para fazer a melhor escolha. (Imagem: RossHelen/iStock)

Uma das diferenças entre os dois protetores é quanto a sua atuação na pele. Ao espalhar o protetor químico, ele se fixará na camada cutânea e irá absorver os raios UV e transformá-los em radiação de baixa energia. Porém, suas substâncias podem ser absorvidas pela corrente sanguínea.

Já o protetor físico ficará na superfície da pele, sem contato com o tecido e a corrente sanguínea. E, em vez de absorver e transformar os raios ultravioleta, ele rebaterá a radiação. Portanto, não deixará que os raios adentrem a pele.

Além disso, o protetor solar químico, por ter uma textura mais leve, precisa ser reaplicado várias vezes, pois sua ação se perde com o tempo. Enquanto o físico não precisa ser repassado com frequência. Outro ponto importante sobre os dois tipos de protetores é sua composição.

No protetor físico encontramos os minerais dióxido de titânio e óxido de zinco. Substâncias que não irritam a pele e nem causam alergias. Por isso, é altamente indicado para grávidas e crianças. Mas o protetor químico contém outros itens na sua composição.

Protetor químico e suas substâncias

Dermatologistas recomendam o uso do protetor solar químico no dia a dia. (Imagem: IngaNielsen/iStock)

Se você está em dúvida sobre o tipo do seu protetor solar, provavelmente ele é químico. Mais vendido no mundo todo, esse produto contém substâncias diversas, que podem tanto proteger quanto tratar a pele. Há, no mercado, versões com cor, com antioxidantes e até com função clareadora de manchas.

Mas esses benefícios infelizmente são alcançados com a adição de componentes que podem causar danos à saúde. Muitos protetores contém em sua fórmula benzofenona 3 ou 4-metil benzilideno cânfora, oxibenzona e homosalato.

Essas substâncias podem causar desde alergias até distúrbios hormonais. Recentemente, inclusive, a empresa Johnson & Johnson retirou das prateleiras 5 tipos de protetor solar em spray de duas marcas por identificar um componente cancerígeno em sua fórmula.

Além disso, a oxibenzona é um dos principais causadores de poluição dos oceanos. Essa substância tem causado, ao longo dos anos, a morte de centenas de corais. As barreiras de corais são fundamentais para a existência da vida marinha, e essa interferência pode causar sérios danos.

Portanto, se possível, vale a pena evitar o seu uso. Mas, caso não seja possível investir em um protetor solar físico para o dia a dia, leia atentamente o rótulo para se prevenir de tais substâncias. Além disso, vale a pena consultar o seu médico de confiança sobre o melhor protetor para sua pele. Afinal, nem todo mundo será afetado por alergias ou problemas hormonais devido à formulação do produto.