30 palavras para você viver mais e melhor

Descubra os 30 conselhos surpreendentes dos especialistas em saúde para você viver mais, com mais qualidade e parecer mais jovem.

Iana Faini | 27 de Setembro de 2019 às 17:30

- Ljupco/iStock

Eis um velho ditado: “A questão não é dar mais anos à vida, mas dar mais vida aos anos”. Porém, como se sentir – e parecer – mais jovem em qualquer idade? Continue lendo e veja abaixo as palavras dos especialistas para viver mais e com mais qualidade.

1. Agarrar

De acordo com um estudo de 25 anos com mais de 6 mil homens de 45 a 68 anos, a força nas mãos foi o melhor previsor de que evitariam a incapacidade na velhice. Os homens com pega mais fraca sofreram o dobro de incapacidade dos que tinham mãos de aço. Em outro estudo com quase 140 mil homens e mulheres, a pouca força nas mãos foi relacionada a maior incidência de morte, principalmente por doença cardiovascular.

2. Surfar

Num estudo com pessoas de 55 a 76 anos, os que realizavam uma série de buscas na Internet demonstraram aumento de atividade nas regiões do cérebro que controlam leitura, linguagem, memória e capacidade visual. Os surfistas regulares na Internet exibiram melhora significativa nas áreas que lidam com tomada de decisões e raciocínio complexo.

3. Desjejum

Cientistas de Harvard acompanharam mais de 367 mil idosos durante 14 anos e constataram que os que ingeriam mais fibras de cereais tinham risco 19% menor de morrer de qualquer causa do que os que ingeriam menos. Mais notadamente, quem comia mais fibras de cereais tinha 34% menos probabilidade de morrer de diabetes. Essas fibras se encontram em pão integral, cevada e farelo de trigo.

4. Ler

Pesquisadores britânicos pediram a participantes estressados que praticassem várias atividades; como ler, ouvir música, tomar uma xícara de chá e passear. A leitura reduziu em 68% o nível de estresse e o ritmo cardíaco, o maior efeito de todos os itens da lista.

5. Adaptar-se

Uma lição de Hamlet: aprenda a aguentar "as fundas e flechas do destino ultrajante" se quiser atingir a idade avançada. Um estudo de Harvard chegou à mesma conclusão: menos de 2% dos homens observados que exibiam "firmeza psicológica" – resiliência diante de estresse – morreram antes dos 53 anos. No grupo menos resiliente, 37% morreram antes dessa idade.

6. Socializar

Pessoas solitárias têm 14% mais risco de morrer do que a média, o dobro do risco ligado à obesidade. Um estudo da Universidade da Carolina do Norte verificou que o isolamento social é pior do que o diabetes para aumentar a hipertensão. Uma pesquisa relacionada liga a solidão ao enfraquecimento do sistema imunológico e ao risco maior de infarto, derrame e depressão.

7. Cebola

Idosas que comeram cebola todo dia apresentaram densidade óssea 5% maior do que quem comeu uma vez por mês ou menos, de acordo com pesquisadores da Universidade Médica da Carolina do Sul. O risco de fratura de quadril também se reduziu em mais de 20%.

8. Lembranças

Pesquisadores da Universidade Loyola, nos EUA, descobriram que ter boas lembranças durante apenas 20 minutos por dia deixa as pessoas mais alegres do que na semana anterior. "Há magia e mistério nos eventos positivos", disse a psicóloga Sonja Lyubomirsky.

9. Traseiro

Manter-se em forma é importante para uma vida longa e saudável. Mas uma revisão da Universidade Oxford verificou que, em geral, pessoas com bumbum maior (aquela famosa forma de pera) têm colesterol e glicemia mais baixos e podem ter menos probabilidade de diabetes e cardiopatia do que quem leva o peso a mais na barriga (forma de maçã). São necessárias mais pesquisas para comprovar o efeito protetor; mas os cientistas observaram que a gordura da parte inferior do corpo secreta menos substâncias inflamatórias do que a gordura abdominal.

10. Rolar De rir, claro.

No livro Heal Your Heart ("cure seu coração"), o Dr. Michael Miller escreveu que, quando pediram a vinte pessoas que assistissem a trechos de O resgate do soldado Ryan, Estes loucos reis do boliche, O amor é cego e Quem vai ficar com Mary?, ele e seus colegas constataram que os vasos sanguíneos dos participantes se estreitavam até 50% durante os clipes estressantes e se dilatavam 22% em quem assistiu a trechos engraçados. "Depois de apenas 15 minutos de riso, os voluntários tiveram o mesmo benefício vascular de ficar 15 a 30 minutos na academia ou tomar estatinas diariamente", escreveu o Dr. Miller.

11. Damasco

A fruta faz bem à pele. Seu óleo essencial é rico em ácido gama-linoleico, que estimula a regeneração das células epiteliais. O óleo leve e não gorduroso também é rico em vitaminas A e E e um excelente hidratante. Pode ser encontrado na Internet e em lojas de produtos naturais.

12. Correr

Um estudo publicado na Journal of the American College of Cardiology verificou que correr 5 a 10 minutos por dia reduz em 50% o risco de morte por cardiopatia. Até os participantes que correram menos de 10 km/h uma ou duas vezes por semana se beneficiaram.

13. Queijo

De acordo com um estudo publicado em 2012 na American Journal of Clinical Nutrition, 55 gramas de queijo por dia (2 fatias) reduzem em 12% o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Os pesquisadores imaginam que as bactérias probióticas do queijo e do iogurte podem baixar o colesterol e produzir certas vitaminas que protegem do diabetes. Não ultrapasse a porção recomendada, porque o queijo pode ser rico em gordura.

14. Meditar

Especialistas do Centro de Mapeamento do Cérebro da UCLA verificaram que o cérebro de quem medita tem volume maior de matéria cinzenta; área responsável por memória, emoções, visão, audição, fala, controle de impulsos e tomada de decisões.

15. Cerveja

Faz bem ao cabelo. Antes do banho, misture 3 colheres (sopa) de cerveja comum em temperatura ambiente com 1/2 xícara de água morna. Depois do shampoo, esfregue a solução de cerveja, deixe descansar alguns minutos e enxágue com água fria. Isso aumentará o volume das madeixas, que tendem a ficar mais finas com a idade.

16. Comprar

Num estudo de 10 anos com 2 mil pessoas acima de 65 anos em Taiwan, os pesquisadores verificaram que os homens que faziam compras diariamente tinham risco 28% menor de morrer cedo do que os que faziam compras com menos frequência; entre as mulheres, a redução do risco foi de 23%. É mais provável que as pessoas mais saudáveis vão mais às lojas, mas fazer compras regularmente pode ajudar a viver mais por melhorar o contato social, a forma física e a agilidade mental.

17. Esfregar

Massagens são uma delícia, mas o aumento do fluxo sanguíneo associado à manipulação suave e regular também pode manter a aparência do rosto saudável. Kimara Ahnert, especialista em cuidados com a pele, disse à revista Women’s Health que a massagem firma a pele flácida; estimula a drenagem linfática (removendo toxinas das células para que os nutrientes possam entrar); e dá vitalidade à pele fosca.

18. Tofu

Num estudo publicado nos Annals of Internal Medicine, pesquisadores mediram o nível de ômega-3 no sangue de um grupo de 2.692 idosos americanos saudáveis em 1992 e os acompanharam até 2008. Quem tinha o nível mais alto reduziu em 27% o risco de morrer – e em 35% o de morrer de doença cardíaca – quando comparado ao grupo com nível mais baixo. Ingerir 250 mg de ômega-3 por dia pode acrescentar 2,2 anos à vida de adultos com 65 anos ou mais, segundo os pesquisadores. Você obterá mais do que o suficiente ao comer um filé de bacalhau ou uma porção de tofu cru.

19. Mexer-se

No maior estudo sobre envelhecimento saudável da Austrália, os pesquisadores analisaram a rotina diária de mais de 230 mil pessoas e viram que dormir demais (mais de 9 horas por noite); ficar tempo demais sentado (mais de 7 horas por dia); e não se exercitar o suficiente (menos de 150 minutos por semana) quadruplicam o risco de morrer prematuramente.

20. Receber

Dar festas – decidir quem convidar, o que servir e quem se senta ao lado de quem – força o cérebro a tomar decisões sociais complexas e fortalece os contatos sociais, reduzindo o risco de demência, escreve o Dr. Kenneth S. Kosik no livro Outsmarting Alzheimer ("Mais esperto que o Alzheimer").

21. Sol

O nível baixo de vitamina D foi associado a osteoporose, diabetes, hipertensão e câncer. E ainda pior: de acordo com uma nova pesquisa, os adultos que não obtêm a "vitamina do sol" em quantidade suficiente têm probabilidade 26% maior de morrer cedo. Um estudo de 12 anos com 13 mil pessoas não identificou uma causa única de morte "porque o impacto da vitamina D é generalizado", diz a pesquisadora Dra. Michal Melamed, professora da Escola de Medicina Albert Einstein.

22. Dançar

Um estudo da Escola de Medicina Albert Einstein constatou que dançar reduz mais o risco de demência do que todos os outros tipos de atividade física. Por quê? Aprender novos passos aumenta a boa forma intelectual, e dançar em grupo ou com um parceiro é socializar.

23. Outono

Pesquisadores da Universidade de Chicago compilaram dados de mais de 1.500 centenários e compararam seu histórico com o de quase 12 mil de seus irmãos e cônjuges. Eles verificaram que quem nasceu em setembro, outubro e novembro, ou seja, no outono do hemisfério norte, tem probabilidade acima da média de ter uma vida mais longa, porque o clima mais ameno provoca menos estresse nos bebês e menos infecções sazonais.

24. Voz baixa

Levantar muito a voz pode causar pólipos, nós nas cordas vocais que provocam a voz rouca de velho. Em vez de gritar, aproxime-se.

25. Fofura

De acordo com um relatório do Centro de Controle de Doenças dos EUA que reuniu dados sobre quase 3 milhões de pessoas do mundo inteiro, embora a obesidade extrema reduza a vida, pessoas que estão apenas acima do peso (com índice de massa corporal entre 25 e 30) têm menos probabilidade de morrer cedo do que as de peso normal. Isso não significa que a gordura seja saudável; mas, se você tiver pressão, colesterol e glicemia normais, emagrecer pode não trazer muitas vantagens à sua saúde.

26. Criar

Um estudo de quatro anos constatou que idosos que começaram a pintar, desenhar ou esculpir na meia-idade e continuaram até a velhice tinham 73% menos probabilidade de apresentar deficiência cognitiva leve do que quem não praticava atividades artísticas. Esses passatempos incentivam a atenção concentrada.

27. Tempero

Um estudo de Cingapura com mil adultos de 60 a 93 anos constatou que quem comia curry pelo menos duas vezes por ano teve melhor pontuação nos testes cognitivos do que quem o comia uma vez ou menos. A cúrcuma, tempero amarelo usado no curry, contém curcumina, que tem propriedades anticâncer, antioxidantes e anti-inflamatórias e baixa o colesterol.

28. Cantar

Um estudo americano com 166 idosos revelou que os que participavam de corais tinham saúde melhor, tomavam menos remédios, eram menos solitários e sofriam menos quedas em um ano do que um grupo semelhante que não cantava. Isso pode se dever ao efeito do canto sobre a respiração, além dos benefícios emocionais de criar harmonia em grupo. Outro estudo sueco constatou que o ritmo cardíaco dos membros de um coral se desacelera até se sincronizar, o que pode trazer benefícios para a saúde mental e cardiovascular.

29. Ouvir

Um estudo francês mostrou que ouvir música relaxante antes de cirurgias é mais eficaz para reduzir a ansiedade do que tomar sedativos.

30. Jogar

Podemos chamá-los de super-heróis da faixa de 60 anos ou mais. O supervelho tem de 60 a 80 anos e a memória de alguém 20 a 30 anos mais novo. O mais extraordinário é que os supervelhos não são tão raros assim. Num estudo recente de Harvard, quase metade dos idosos testados teve desempenho igual ou melhor que o de pessoas de 18 a 32 anos. O segredo é impedir que o tecido cerebral de partes do córtex se reduza. A questão, portanto, é como achar o exercício mental correto. Resposta: não é fácil. Na verdade, os autores do estudo dizem que forçar-se a superar situações difíceis é exatamente o necessário para estimular o cérebro. Aprender outra língua ou jogar damas com adversários talentosos pode funcionar. O segredo é fazer o cérebro se sentir exausto. Um joguinho comum de sudoku ou palavras cruzadas não adianta. "É preciso despender esforço suficiente para se sentir meio mal", escreve Lisa Feldman Barrett, uma das autoras do estudo.


* Esta matéria foi originalmente publicada na Revista Seleções e escrito por Andrea Au Levitt, com edições de Iana Faini.