7 novidades do mundo da medicina que você precisa saber

Manter-se bem informado é fundamental para não cair em fake news. Por isso, confira as pesquisas mais recentes sobre saúde e bem-estar!

Redação | 1 de Outubro de 2020 às 01:01

marchmeena29/iStock -

Manter-se bem informado é muito importante para manter a saúde em dia. A informação segura e confiável é também a melhor forma de prevenção contra as notícias falsas. Por isso, nós reunimos algumas pesquisas sobre saúde e bem-estar que vão ajudá-lo a manter-se bem informado.


1. Exercício é fundamental na era da COVID-19

Embora a pandemia de Covid-19 limite aonde podemos ir, a atividade física continua importante como sempre, ou ainda mais, de acordo com a Exercise and Sports Science Australia. Indícios científicos levam a crer que pôr o corpo em movimento reforça o sistema imunológico; por exemplo, um estudo britânico de 2018 constatou que idosos ciclistas amadores tinham contagem mais alta de células T do que seus colegas sedentários. A atividade física também melhora a saúde mental nesta época difícil. Exercitar-se em casa ou ao ar livre são ótimas opções. Se quiser visitar a academia, primeiro confira os protocolos de higiene e distanciamento físico. É claro que, se desconfia que está com COVID-19, você deve interromper os exercícios e repousar – em isolamento – até se recuperar.


2. Dietas ricas em sal e sistema imunológico

Imagem: Julia_Sudnitskaya/iStock

A hipertensão arterial é o risco mais conhecido de consumir sal demais, mas não o único. Numa experiência na Alemanha, voluntários saudáveis acrescentaram mais 6 gramas de sal à ingestão diária por uma semana. Isso equivale, mais ao menos, ao que se encontra em dois lanches de fast food. No término da semana, os exames revelaram o aumento do nível de glicocorticoides no sangue dos participantes. Esses hormônios ajudam a controlar inflamações, mas, em excesso, inibem a capacidade do sistema imunológico de atacar bactérias prejudiciais. A Organização Mundial da Saúde recomenda manter a ingestão de sal abaixo de cinco gramas por dia. Os pesquisadores dizem que esse conselho é ainda mais útil quando se enfrenta algum problema bacteriano, como infecção intestinal por listeria ou infecções do trato urinário.


3. Cientistas buscam aplacar as tempestades de citocina

Em algumas pessoas, o sistema imunológico tem uma reação tão violenta à Covid-19 que causa lesões graves no pulmão. Essa complicação, que traz risco de vida, também está ligada a outras infecções, como HIV e hepatite, e se chama “tempestade de citocina” por envolver um excesso dessas proteínas. Vários métodos para tratar essa reação ligada ao coronavírus estão sendo estudados. Por exemplo, uma equipe do Massachusetts Institute of Technology está vendo se é possível “absorver” o excesso de citocina injetando na corrente sanguínea proteínas que se ligam a ela. Outros pesquisadores investigam anti-inflamatórios existentes, como os antagonistas de interleucina 6, para ver se algum deles consegue conter com segurança a defesa exagerada do organismo.


4. Ervas para emagrecer: não há boas provas

Extrato de chá-verde, Garcinia cambogia e manga africana são apenas alguns dos muitos remédios e suplementos de ervas vendidos para emagrecer no mundo inteiro. Em geral, as empresas podem vendê-los sem demonstrar que funcionam. Pesquisadores de Sydney, na Austrália, revisaram o maior número que conseguiram encontrar de estudos controlados e randomizados para testar essas pretensões. Não encontraram nenhuma prova confiável de que esses produtos fitoterápicos tenham algum impacto sobre o controle do peso. Consultar um médico ou nutricionista seria melhor.


5. A atitude perante a velhice afeta a sobrevivência pós-câncer

Imagem: glowonconcept/iStock

Talvez pareça pensamento mágico dizer que as crenças e os sentimentos sobre a velhice influenciam a longevidade. No entanto, estão se acumulando indícios de que a autopercepção da velhice está entre os muitos fatores importantes da saúde física. Uma teoria muito divulgada diz que idosos que internalizaram estereótipos negativos da velhice são mais estressados, têm menos probabilidade de manter hábitos saudáveis (como se exercitar ou buscar cuidados médicos ao primeiro sintoma de algum problema) e mais chance de ter baixa expectativa sobre si mesmos.

Um estudo recente quis saber se a autopercepção da velhice influenciaria a mortalidade de pessoas com mais de 65 anos com câncer ainda sem metástase. Depois de compensar outras variáveis, os participantes com autopercepção negativa tiveram probabilidade 3,62 vezes maior de morrer antes do fim dos seis anos do estudo comparados aos que tinham uma visão mais positiva da velhice. Sarah Schroyen, principal autora do estudo e psicóloga da Universidade de Liège, na Bélgica, diz que “a opinião sobre a velhice influencia a vontade de viver. Talvez os que têm uma percepção mais negativa apresentem menos tendência a seguir estritamente as recomendações de tratamento”.

Se quiser melhorar sua autopercepção da velhice, Schroyen sugere estratégias como passar tempo significativo com pessoas mais jovens, se concentrar no que é importante para você (como interesses pessoais, família, o mundo natural, ajudar os outros) ou pensar intencionalmente de forma a se opor aos estereótipos etários.


6. Sintoma sutil mas comum de COVID-19

Se o paladar e o olfato enfraquecerem repentinamente, há uma boa probabilidade de que seja COVID-19, mesmo que você se sinta bem. Vários estudos demonstraram uma forte associação entre esses sintomas e a infecção. “Houve quem me dissesse que perdeu o olfato e o paladar durante um mês”, diz a Dra. Carol Yan, rinologista do Sistema de Saúde da Universidade da Califórnia em San Diego e principal autora de um desses estudos. “Com a nova pesquisa, essas pessoas foram testadas e o resultado de todas foi positivo”, informa ela. Yan observa que, embora o sintoma devesse qualificar a pessoa para o exame, quem não puder pagar para fazê lo deveria avisar o médico e se isolar. Felizmente, o olfato e o paladar costumam voltar depois do fim da infecção.


7. Combata a perda muscular ligada à idade com proteína em todas as refeições

Quando se ingere proteína – como feijão, carne, nozes –, a síntese proteica muscular, processo do organismo para construir e consertar os músculos, é estimulada. Esse processo fica menos eficiente com a idade, o que pode contribuir para a perda de massa muscular, força e habilidade, principalmente quando a ingestão de proteínas não é dividida no decorrer do dia. Num estudo britânico de hábitos alimentares, a maioria dos idosos participantes atingiu a ingestão diária recomendada de pelo menos 0,8 grama de proteína por quilo de peso corporal. No entanto, eles tendiam a consumir cerca de três quartos disso no jantar. Se seu hábito é similar, talvez você consiga manter mais massa muscular se incluir proteínas em todas as refeições.