Muitos problemas de memória podem melhorar quando sabemos o que fazer. Fique atento a estes 9 sinais de que está sendo atacado por um ladrão de memória
Douglas Ferreira | 8 de Março de 2020 às 14:00
Muitos problemas de memória podem melhorar quando sabemos o que fazer. Quer manter os parafusos no lugar? Fique atento a estes 9 sinais de que está sendo atacado por um ladrão de memória:
Ressonâncias magnéticas do cérebro de voluntários indicam que a glicemia alta pode danificar as regiões do cérebro responsáveis pela memória.
Se o histórico familiar é de diabete ou hiperglicemia, verifique regularmente o nível de açúcar no sangue. Alimente-se bem e se mantenha ativo: caminhadas a passo rápido são eficazes.
Não é preciso virar várias noites para ter problemas: num estudo, voluntários que dormiram seis horas por noite durante duas semanas não se sentiram sonolentos, mas tiveram desempenho pior nos testes de memória de curto prazo.
Transforme em prioridade o descanso adequado. E se não for possível? Num dos estudos, pequenos cochilos de seis minutos bastaram para aumentar o desempenho de curto prazo dos voluntários. Os pesquisadores suspeitam que basta adormecer para deflagrar no cérebro o processo fundamental da memória.
Talvez tenha apneia do sono, na qual as vias respiratórias são bloqueadas ao dormir, cortando o oxigênio por alguns segundos. Homens têm mais probabilidade do que mulheres de apresentar apneia. Outros fatores de risco: estar acima do peso ou ter mais de 40 anos.
Se você ronca alto e vive cansado, pergunte ao médico se não seria bom fazer um exame de apneia. Talvez seja preciso usar, na hora de dormir, um aparelho que força uma corrente de ar constante, nas narinas, por meio de uma mangueirinha, impedindo as interrupções perigosas do fluxo de oxigênio.
Talvez haja algum problema de tireoide. Os hormônios da tireoide controlam o metabolismo, mas se forem demais ou de menos podem desorganizar a conversa normal entre as células do cérebro. A tireoide hiperativa cria tanta estática que é difícil fazer passar as mensagens do cérebro, e a tireoide preguiçosa torna as mensagens lentas demais.
Converse com o médico sobre os sintomas (principalmente se for mulher; mulheres correm mais risco de hipertireoidismo). A tireoide mais lenta pode nos deixar fatigados; a tireoide acelerada pode fazer o coração disparar e a pessoa se sentir irritada ou ansiosa.
Com o envelhecimento, fica mais difícil absorver a vitamina B12, e a deficiência grave pode parecer muito com a doença de Alzheimer. Até 20% dos que têm mais de 65 anos apresentam baixo nível de B12.
Se é idoso e se sente confuso, pergunte ao médico se não seria bom verificar suplementos. Também faça o exame se for vegetariano estrito, cuja alimentação evita as principais fontes da vitamina.
Quem tem depressão perde neurônios. Quanto mais tempo dura a depressão, mais células se perdem em áreas fundamentais para a memória.
O tratamento precoce pode ser importantíssimo. Um estudo de 2008 indica que quem teve episódios mais longos de depressão apresentava probabilidade menor de melhora da memória com a volta do bom humor.
Muitos remédios que costumam ser receitados para insônia, incontinência , alergia e cólicas gastrointestinais também interferem com uma substância química fundamental para o cérebro. Em idosos, esses remédios, chamados anticolinérgicos, podem provocar confusão mental e esquecimento.
Quem tem mais de 65 anos é mais vulnerável aos efeitos colaterais da difenidramina, anticolinérgico usado em muitos soníferos e antialérgicos vendidos sem receita médica.
Os médicos chamam isso de andar magnético, porque os pés parecem grudados no chão. Esse sintoma pode dever-se à hidrocefalia com pressão normal, em que os ventrículos do cérebro incham por causa do excesso de líquido cefalorraquidiano.
Arrastar os pés, incontinência e problemas de memória são os sintomas clássicos, mas nem todo mundo tem os três. O tratamento rápido traz mais chances de recuperação da memória.
Quem toma mais de cinco corre risco de sofrer interações perigosas. E remédios vendidos sem receita também contam.
Não deixe de dizer ao médico todos os remédios que toma. Se um anúncio de medicamento parece se dirigir a você, converse com o médico, mas não insista para que ele lhe dê a receita.