Descobertas médicas surpreendentes

Estudos científicos muitas vezes resultam em descobertas médicas surpreendentes. Eis algumas delas.

Redação | 9 de Maio de 2018 às 18:58

Olgunia/iStock -

Todos os dias cientistas do mundo inteiro fazem descobertas médicas surpreendentes. São novos exames, tratamentos ou métodos de prevenção que ajudam a salvar milhares de vidas. E muitas vezes a partir da observação de coisas simples, do nosso dia a dia. Eis algumas delas:

1 Montanhas-russas ajudam a expulsar cálculos renais

Pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan ficaram curiosos com a montanha-russa Big Thunder Mountain Railroad, no Walt Disney World, na Flórida, quando vários pacientes afirmaram ter expulsado cálculos renais depois de andar nela. Então decidiram testá-la usando um modelo de rim impresso em 3D. As forças exercidas pelo passeio realmente provocaram a passagem de cálculos de vários tamanhos. Pacientes que gostam de montanha-russa deveriam experimentar, diz o pesquisador-chefe. O passeio ideal inclui quedas rápidas e curvas fechadas.

2 Protetor solar de fator baixo estimula exposição insegura

Em um estudo de observação de 143.844 mulheres feito na Universidade de Oslo, as participantes que usaram protetor solar de fator baixo (15 ou menos) tiveram risco maior de melanoma do que as que não utilizaram. As pessoas acreditam que o protetor solar lhes permite pegar sol com segurança. Mas isso não acontece se a quantidade não for suficiente, se o produto não for reaplicado periodicamente e se houver exposição de áreas desprotegidas da pele. Ou ainda quando os produtos têm fator de proteção insuficiente.

3 Ioga é segura, sem exageros

As lesões ligadas à ioga são relativamente raras, mas são mais prováveis quando se envelhece, de acordo com um relatório publicado na revista Orthopaedic Journal of Sports Medicine. O índice para pessoas com 65 anos ou mais foi de 58 em 100 mil, contra 12 por 100 mil em quem tinha 44 anos ou menos. Em todos os grupos etários, os problemas mais comuns foram entorses e estiramentos, e a área mais afetada foi o tronco. Os pesquisadores insistiram na importância de se ter um instrutor qualificado e começar numa turma de iniciantes.

4 Câncer de mama: sintomas além do nódulo

O sintoma mais comum de câncer de mama são os nódulos. Mas, num estudo com mais de 2.300 pacientes britânicas, 17% procuraram o médico por causas como alterações do mamilo (coceira e vazamento) e dor na axila ligada a nódulos linfáticos inflamados. Em geral, as pacientes com nódulos procuraram o médico mais depressa do que as que tiveram outros sintomas. O estudo recomendou analisar o mais cedo possível qualquer anormalidade da mama, porque o câncer pode se apresentar de diversas maneiras.

5 Próteses de quadril não aumentam a atividade

A implantação de uma prótese de quadril é uma cirurgia eletiva capaz de melhorar a qualidade de vida. E seu principal propósito é reduzir a dor dos movimentos. No entanto, uma revisão sistemática de 17 estudos feita na Universidade de East Anglia, no Reino Unido, não encontrou diferença significativa no nível de atividade física dos pacientes antes e depois do procedimento. Os médicos deveriam incentivar os pacientes com prótese a andar, subir escada etc., dizem os analistas.

6 Injeções de esteroide contra a síndrome de Ménière

O atual “padrão ouro” de tratamento da síndrome de Ménière grave, uma doença do ouvido interno que provoca vertigem debilitante, são injeções do antibiótico gentamicina no tímpano. Embora melhore a vertigem, isso também provoca perda auditiva em 20% dos pacientes. Mas agora pode haver um novo padrão ouro. Um estudo publicado na revista médica The Lancet constatou que injeções do esteroide metilprednisolona funcionam igualmente bem. E não prejudicam a audição.

7 Estresse crônico do cônjuge promove aumento de peso

O estresse a longo prazo contribui para a obesidade por reduzir o autocontrole e provocar a “fome emocional”. A barriga também aumenta quando o parceiro fica um ano ou mais muito estressado. É o que diz um estudo da Universidade de Michigan com 2.042 casais com mais de 50 anos. Outros projetos de pesquisa constataram que é bom para os casais cuidarem juntos do estresse e que estabelecer metas em conjunto funciona melhor do que estabelecê-las individualmente.