Sempre que você mastiga, boceja, abre bem a boca durante um tratamento dentário ou grita com seu filho, a mandíbula se desloca. Mas não se preocupe, pois
Julia Monsores | 28 de Agosto de 2019 às 17:00
Sempre que você mastiga, boceja, abre bem a boca durante um tratamento dentário ou grita com seu filho, a mandíbula se desloca. Mas não se preocupe, pois ela voltará ao local quando a boca se fechar. As articulações temporomandibulares são as responsáveis por essa proeza. Elas estão situadas de cada lado da cabeça e mantêm a mandíbula presa ao crânio. São as articulações mais complexas e mais usadas do corpo, movem-se para a frente e para trás e de um lado para o outro. Evidentemente, esse trabalho todo significa maior risco de problemas. O excesso de mastigação, o hábito de ranger os dentes ou o desalinhamento dos dentes e/ou da mandíbula sobrecarregam as articulações ou os músculos e os ligamentos que as controlam, causando uma disfunção temporomandibular. Veja mais!
Dor na mandíbula; dor no pescoço, nas costas e no rosto; dor de ouvido e ao seu redor; cefaleias; zumbido no ouvido.
Modere a mastigação e diminua o tamanho dos sanduíches para não precisar abrir demais a boca. A abertura da boca maior do que a largura de três dedos é excessiva. Além disso, também evite chicletes e alimentos pegajosos (como caramelos).
Nossos dentes, ao contrário dos dos elefantes, não foram feitos para ranger. Se você ranger os dentes, procure o dentista, que pode fazer um aparelho ou uma placa de mordida. Usada à noite, ela evitará essa importante causa de disfunção temporomandibular. O risco também é maior se o encaixe dos dentes não for perfeito. Se você tiver esse problema (chamado de má oclusão), converse com um ortodontista sobre o uso de um aparelho para realinhar os dentes, melhorar a mordida e diminuir o risco de disfunção temporomandibular.
Algumas pessoas tensionam a mandíbula sem perceber, principalmente em situações de estresse. Essa tensão pode ser um fator de contribuição ou mesmo causador da disfunção, provocando dor até para comer. Aprenda a relaxar os músculos que controlam a mandíbula.
Segure a rolha de uma garrafa de vinho entre os dentes frontais e relaxe os músculos ao redor. Faça isso sempre que perceber que está apertando os dentes ou até que o relaxamento desses músculos se torne automático.
O eletromiograma (EMG) ensina a relaxar os músculos da mandíbula e do rosto. O procedimento começa com sensores fixados à testa e aos músculos da mandíbula e do ombro que emitem sinais se houver tensão muscular. A seguir, você aprende técnicas de relaxamento e alívio da tensão. Depois de praticar algumas semanas, é possível reduzir a tensão sem os sensores.
Esse tipo de terapia pode ajudá-lo a perceber e modificar comportamentos, como reação ao estresse e à ansiedade, que contribuem para o surgimento da disfunção temporomandibular. Assim, o método dá ao indivíduo habilidades para reduzir a resposta à dor e previne a dor da disfunção. Não são necessárias muitas sessões. Um estudo constatou alívio de 50% da dor depois de apenas quatro sessões. Essa terapia, a prática de relaxamento (após o eletromiograma) e o uso de um aparelho bucal propiciam melhores resultados do que qualquer uma das três técnicas isoladamente.
Os exercícios isométricos da mandíbula podem fortalecer e alongar os músculos situados ao redor das articulações. Para isso, faça os exercícios a seguir algumas vezes ao dia. Mantenha cada posição por cinco segundos e repita cinco vezes.
• Abertura. Coloque o dorso da mão embaixo da mandíbula para oferecer resistência. Abra a boca aproximadamente 2,5 cm e empurre a mão.
• Movimento anterior. Coloque o dorso da mão contra a base da mandíbula para oferecer resistência. Empurre a mandíbula para a frente contra a mão. • Movimento lateral. Coloque a palma da mão contra o lado da mandíbula que dói. Empurre a mandíbula para esse lado.
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