O que o ataque isquêmico transitório nos diz

O ataque isquêmico transitório é bem rápido, mas um AIT indica que você corre risco de sofrer um AVC em alguns dias ou semanas. Fique atento!

Redação | 28 de Janeiro de 2018 às 12:00

alexkich/iStock -

Sete em cada dez derrames ocorrem após os 65 anos. Embora o acidente vascular cerebral seja assustador em termos de saúde, há uma crescente leva de boas notícias relacionadas ao potencial de recuperação.

Novos progressos

Os mesmos problemas de saúde que afetam o fluxo sanguíneo normal e causam uma doença cardíaca também podem deflagrar derrames, ou acidentes vasculares cerebrais, como ficaram mais conhecidos. Os AVCs são muito comuns em pessoas que apresentam endurecimento das artérias, hipertensão e colesterol alto, fumantes e diabéticos.

Um AVC ocorre quando o sangue não chega ao cérebro. São classificados como isquêmicos os AVCs causados por um coágulo, que pode tanto se desenvolver na artéria que supre o cérebro (trombose cerebral) quanto se deslocar na direção dele (embolia cerebral). Esse tipo representa 80% dos casos.

O outro é chamado de AVC hemorrágico: um vaso sanguíneo se rompe, vazando sangue para dentro do cérebro. Caso tenha sintomas de um AVC temporário, que dure menos de 24 horas, é possível que seja um ataque isquêmico transitório (AIT). É bem rápido, mas um AIT indica que você corre risco de sofrer um AVC em alguns dias ou semanas – ou a qualquer momento nos próximos cinco anos. O AIT é um aviso. Além disso, com uma tomografia computadorizada do cérebro, o médico terá condições de decidir qual ação preventiva adotar.

Após o AVC

Se você tiver um AVC, muita coisa pode ajudar a minimizar as consequências:

• Tratamento rápido é vital
Três horas depois do início do AVC, faça uma TC. Se o exame indicar um AVC isquêmico agudo causado por um coágulo sanguíneo, um tratamento trombolítico é o mais indicado. Essa terapia de “dissolver o coágulo” foi um enorme avanço, mas deve ser aplicada em até três horas diretamente na corrente sanguínea. (Não funcionará para um AVC hemorrágico e talvez cause danos. Assim, a TC é essencial.)

• Trabalhar o corpo
Mais da metade dos que sofreram um AVC apresenta problemas de mobilidade ou equilíbrio e dificuldades de coordenação. Uma em cada três pessoas sofre de espasticidade, em que os músculos contraídos dificultam o movimento de braços e pernas. Há bons tratamentos, incluindo drogas que atuam como relaxantes musculares. Fisioterapia especializada e terapia ocupacional também fazem grande diferença, sobretudo se iniciadas logo após o AVC.

• Ajuda na recuperação
Pessoas que tiveram um AVC podem apresentar problemas de fala, memória, organização de pensamentos e raciocínio. Cientistas têm encontrado maneiras de auxiliar. De acordo com uma pesquisa da Finlândia, ouvir música contribui para a recuperação da função cerebral. E não subestime a colaboração de amigos e familiares: a psicoterapia e a terapia da fala obtêm muito mais sucesso se os terapeutas conseguem ensinar aos membros da família as técnicas de estimulação.