Esteatose hepática não alcoólica: riscos ao fígado

A bebida pode não ser o único risco contra fígados saudáveis. Descubra o que é a esteatose hepática não alcoólica, uma doença que atinge pessoas no mundo inteiro.

Redação | 5 de Abril de 2018 às 18:00

Não podemos mais pôr a culpa na bebida. Cerca de um terço da população dos países desenvolvidos apresenta acúmulo da gordura no fígado, doença que, até algumas décadas atrás, acometia principalmente quem bebia em excesso. mas hoje os casos ligados à obesidade e ao diabetes são mais numerosos do que os relacionados ao álcool.

Sem complicações, um caso de esteatose hepática não alcoólica é relativamente inofensivo; quando há sintomas, os principais são fadiga e desconforto digestivo. No entanto, de 5% a 20% dos casos evoluem para uma inflamação do fígado, a chamada esteato-hepatite não alcoólica. A esteato-hepatite aumenta o risco de cirrose (cicatrizes graves), câncer de fígado e outros problemas potencialmente fatais. Se e quando a esteatose hepática provoca uma cascata de danos, “o avanço para a doença terminal costuma levar uma década”, diz o Dr. Andreas Geier, chefe de hepatologia do Hospital Universitário de Würzburg, na Alemanha.

O risco de esteatose hepática não alcoólica aumenta com mais de 102 cm de circunferência em homens e 88 cm em mulheres.

Suponha que seu médico tenha diagnosticado a esteatose hepática não alcoólica depois de um exame de sangue, uma tomografia ou uma biópsia do fígado. E agora, o que fazer? Não há medicamentos confiáveis para essa doença, mas emagrecer ajudará a retardar ou interromper seu avanço. Busque um ritmo moderado: na verdade, perder mais do que meio a um quilo por semana pode agravar a doença, de acordo com uma cartilha para pacientes da revista American Family Physician. Se você já tentou emagrecer e não conseguiu, peça ajuda a um médico ou nutricionista.

Embora a bebida não seja a causa da esteatose não alcoólica, ela exige mais do fígado, e, para quem tem a doença, é melhor evitar. Se, para você, tornar-se abstêmio não for realista, ao menos reduza o consumo o máximo possível.

Para acompanhar o desempenho d fígado, o Dr. Geier sugere consultar o médico de dois em dois anos, mais ou menos, a não ser que haja esteato-hepatite, quando seria melhor fazer consultas semestrais. Felizmente a probabilidade de manter a esteatose sob controle, principalmente se você conservar o peso saudável, está a seu favor. De certo modo, a esteatose é um sinal de que uma mudança de rumo e de hábitos é necessária e poder ajudá-lo a evitar problemas mais graves no futuro.

Por Samantha Rideout