7 atitudes que reduzem o risco de infertilidade

Por muito tempo, para reduzir a infertilidade, os especialistas aconselharam os homens a usar cuecas samba-canção em vez das sungas.

Elen Ribera | 3 de Setembro de 2019 às 13:00

frentusha/iStock -

A causa da infertilidade do casal tem a mesma probabilidade de vir do homem ou da mulher. Em geral, só recebe o diagnóstico de infertilidade o casal que não consegue engravidar após um ano tentando. Cerca de 15% enfrentam a possibilidade de nunca engravidar sem que um parceiro, ou os dois, procure auxílio médico. A causa da infertilidade tem a mesma probabilidade de vir do homem ou da mulher.

Consultamos especialistas e seus conselhos para reduzir o risco de infertilidade incluem opções para os dois.

Conheça as principais estratégias de prevenção:

1. Comece cedo

A chance de engravidar diminui com a idade. Nos homens, a queda costuma começar aos 40 e poucos anos, porque os espermatozoides, assim como os próprios homens, tendem a ficar mais lentos com a idade. As mulheres são mais férteis dos 19 aos 26 anos, quando têm uma chance em duas de engravidar ao fazer sexo no período mais fértil (em geral, dois dias depois da ovulação). A mulher dos 35 aos 39 anos tem apenas uma chance em três de engravidar no período mais fértil e menos ainda se o parceiro for pelo menos cinco anos mais velho.

2. Mantenha um peso saudável

Nas mulheres, a obesidade provoca o caos nos hormônios reprodutivos, mais que dobrando o risco de infertilidade e decuplicando a probabilidade de levar mais tempo para engravidar. Nos homens, engordar nove quilos aumenta cerca de 10% o risco de infertilidade. Se quiser perder peso fazendo dieta, experimente a abordagem com muita proteína e pouco carboidrato, que, segundo vários estudos, é a que melhor funciona para normalizar o nível dos hormônios reprodutivos.

3. Pare de fumar

Será que os homens sabem que o hábito de fumar reduz a chance de ser pai? Pois é verdade. Fumar cria radicais livres, que são moléculas que danificam as células saudáveis. O excesso de radicais livres, provocado também pela má alimentação, acaba reduzindo o número e a velocidade dos espermatozoides.

4. Esfrie a cabeça

Não se sabe se o estresse contribui para a infertilidade ou se é o contrário, mas os estudos afirmam que as mulheres estéreis que buscam as técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), têm níveis mais altos de hormônios do estresse do que as não estéreis. Os estudos também confirmam o nível elevado de hormônios do estresse em mulheres com distúrbios do ciclo menstrual que afetam a fertilidade, como a endometriose. Um estudo também encontrou uma taxa menor de gestações ligada ao nível maior de estresse em casais que faziam a FIV.

5. Troque o vinho pela água

Um estudo com mulheres saudáveis e não alcoólatras verificou que as que tomavam mais de três doses por dia tinham ciclo menstrual irregular e infertilidade temporária.

6. Pense em tomar suplementos

Um estudo alemão com 7.900 mulheres constatou que o uso de um multivitamínico todos os dias, durante um mês, antes de tentar engravidar, aumentava em 5% a taxa de fertilidade. Os estudos também constataram o aumento da fertilidade em homens e mulheres que tomavam suplementos de vitamina C. Nos homens, tomar diariamente 200 a 1.000 mg de vitamina C aumenta a produção de espermatozoides. Compre um suplemento de vitamina C que contenha flavonoides; para reduzir o dano oxidativo dos espermatozoides, os dois funcionam melhor juntos do que separados. Nas mulheres, a dose necessária para promover a fertilidade foi de 750 mg por dia. Mas não tome mais de 500 mg de uma vez só; o corpo não absorve mais do que isso.

Os homens também devem experimentar selênio e vitamina E, ambos ótimos antioxidantes. Um estudo com 54 homens inférteis verificou que os que tomaram, durante três meses, suplementos diários de 400 UI de vitamina E e 225 microgramas de selênio tiveram espermatozoides mais rápidos e saudáveis.

Converse com seu médico antes de tomar esses suplementos.

7. Faça exames regulares

As mulheres sexualmente ativas que não têm relações estáveis devem fazer exames pelo menos uma vez por ano à procura de doenças sexualmente transmissíveis (DST). Elas podem provocar a doença inflamatória pélvica, na qual as bactérias penetram o útero e as trompas de Falópio, criando cicatrizes que podem impedir a gravidez normal. Além das DST, os homens devem fazer exames regulares à procura de inflamação da próstata. Tudo isso pode prejudicar os espermatozoides.