7 segredos que os cirurgiões não contam

Dentro das salas de cirurgia, há muitos detalhes que passam despercebidos. Confira 7 segredos que os cirurgiões normalmente não contam aos seus pacientes.

Redação | 20 de Março de 2018 às 10:00

Eles nos cortam, removem tumores, refazem as formas do corpo, nos dão novos órgãos. Mas, apesar de entregarmos nossas vidas aos bisturis dos cirurgiões, muitos de nós sabemos mais a respeito dos profissionais que cortam nossos cabelos do que sobre aqueles que “abrem” nosso corpo. Confira alguns segredos que os cirurgiões guardam:

1. Preste atenção às indicações

“A indicação de um cirurgião por parte de seu médico particular pode ser duvidosa. O costume entre os profissionais é indicar um primo, um cunhado, um amigo a quem se deve algum tipo de favor.”

Dr. Maurício Peregrino, cirurgião em Criciúma (SC) e autor de Verdades e mentiras sobre médicos, entre outros livros.

2. Não existe tentativa

“Via de regra, um cirurgião experimentado e especializado em sua área age com muita segurança. Mas, se você ouvir dele que uma operação ‘é muito difícil, mas a gente pode tentar’, isso é um sinal de que pode ser necessário ouvir uma segunda opinião.”

Dr. Bruno Ziberstein

3. Conheça o seu hospital

“As pessoas chegam ao hospital para uma cirurgia e não sabem se ele é bem equipado e como vão ser os cuidados no pós-operatório, um período em que os riscos de infecção e outros problemas grandes são grandes. Não adianta operar com o Dr. Fulano, um grande especialista, e não ter os devidos cuidados depois da cirurgia. Você deve perguntar sobre o pós-operatório bem antes de ir para o centro cirúrgico.”

Dr. Maurício Peregrino

4. Cuide de si mesmo antes da cirurgia

“Já vi pacientes fumando horas antes de se submeterem a uma cirurgia cardíaca. Isso aumenta a secreção e piora a cicatrização. É preciso parar com o cigarro  muitos dias antes do procedimento.  Já o álcool aumenta os riscos de inflamação. São cuidados básicos que muitas vezes não vemos.”

Dr. Pablo Pomerantzeff

5. Motivos financeiros podem barrar uma cirurgia

“Frequentemente há alguma alteração no coração, mas a pessoa não apresenta qualquer sintoma. Faz um teste de esforço, mas não sente nada. Se o exame não indicar nada grave, por que fazer com que o paciente ou o sistema público de saúde gaste R$ 70 mil com três stents num procedimento que sempre envolve algum tipo de risco e não vai lhe trazer benefício? Infelizmente, é isso que acontece hoje.”

Dr. José Geraldo de castro Amino, ex-presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro

6. Você também tem acesso ao seu prontuário

“O prontuário médico é um documento que contém todas as informações relacionadas ao paciente durante sua internação: história clínica, exame físico, prescrição de medicamentos, informações relacionadas à evolução diária, resultado de exames, relato cirúrgico etc. E o paciente tem acesso irrestrito a esse documento.”

Armando de Oliveira e Silva, ex-presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

7. Cirurgiões também são humanos

“Quanto mais tempo de formados, mais aprendemos a controlar as emoções, o que não significa que sejamos frios nem que nada nos comova. Isso é um estereótipo longe da realidade. A medicina exige muito dos profissionais, que precisam se resguardar para que possam exercê-la. Mas o cirurgião é um ser humano e se comove como todas as outras pessoas.”

Dra. Elizabeth G. Santos