Sonambulismo: entenda melhor este transtorno!

Quando se fala em sonambulismo, logo nos vem à mente a imagem de um homem ou mulher de camisolão andando com os braços esticados. Porém, esta imagem é equivocada. Muitas pessoas se perguntam se o sonambulismo existe realmente. Saiba que a resposta para esta questão é sim, e afeta mais gente do que você pensa.

Redação | 10 de Abril de 2018 às 15:00

AnnaViolet/iStock -

Quando se fala em sonambulismo, logo nos vem à mente a imagem de um homem ou mulher de camisolão andando com os braços esticados. Popularmente, fala-se também da segurança do sonâmbulo. Mas nem a imagem, nem a crença são compatíveis com a realidade. Os sonâmbulos, em geral, andam em linha reta, porém sem se orientarem. Mesmo quando o caminho chega ao fim,o sonâmbulo continua a caminhar. O que pode acabar em acidentes, como quedas da varanda, da escada, da janela, de muros, de pedras ou de docas.

A maior parte dos episódios de sonambulismo tem duração que varia entre segundos e minutos. É bastante raro o sonambulismo durar por um período mais longo. Característico nessa situação é o fato de o sonâmbulo não se lembrar de suas atividades noturnas na manhã seguinte.

O que diz o médico?

“Se algum familiar seu for sonâmbulo e você o encontrar andando pela casa, não o acorde. Isso poderia assustá-lo a ponto de ele cair no chão e se machucar. O melhor é levá-lo de volta para a cama, guiando-o com cuidado.”

Causas do sonambulismo

Entre 10% e 30% das crianças e de 1% a 3% dos adultos são sonâmbulos. O sonambulismo inclui não apenas o ato de andar dormindo ou efetuar tarefas mais complexas, como lavar ou cozinhar, mas também comportamentos menos espetaculares, como acordar confuso, olhar perdido ou sentar-se durante o sono. Felizmente, a maioria dos sonâmbulos se limita à última atividade.

Não existe explicação científica para esse fenômeno. Entre outros fatores, discute-se a possibilidade de herança genética. A influência da lua também deve ser levada em consideração, segundo alguns especialistas. Sonâmbulos parecem ser fortemente atraídos pela luz. Antigamente, a lua era a fonte de luz noturna mais importante, o que explica o fato de os sonâmbulos se movimentarem em sua direção. Atualmente, a luz do luar não é tão importante, já que pelo menos nas cidades predomina a luz artificial.

Em geral, o sonambulismo ocorre durante as primeiras horas do sono e na fase profunda. Não tem, portanto, qualquer relação com o sonho. Tensões psicossociais, como assédio moral no trabalho ou a sensação de esgotamento (síndrome de Burnout), estímulos físicos específicos (como a bexiga cheia) ou ainda fatores externos (como barulho) podem aumentar a tendência ao sonambulismo. O consumo de álcool, doenças que provoquem febre (sobretudo na infância) e cansaço ou estresse também podem acionar o distúrbio.