Vacina promissora contra alergia e outras 6 pesquisas científicas reveladoras

As pesquisas científicas no ramo da medicina e nas áreas conexas a ela, são fundamentais para vivermos melhor. Conheça 7 pesquisas recentes e surpreenda-se!

Douglas Ferreira | 24 de Setembro de 2019 às 19:00

everythingpossible/iStock -

As pesquisas científicas no ramo da medicina e nas áreas conexas a ela, são fundamentais para vivermos melhor. Diariamente diversas pesquisas estão em andamento ao redor do mundo. Confira abaixo o resultado de 7 pesquisas recentes.

1 . Além da força de vontade

Muitas decisões saudáveis exigem abrir mão da gratificação imediata. Mas, geralmente, confiar apenas na força de vontade não dá certo, de acordo com uma revisão recente de pesquisas sobre autocontrole. A variedade de estratégias mais eficazes é grande; entre elas, modificar a situação (como deixar petiscos prejudiciais fora de casa em vez de tê-los à mão e tentar resistir), planejar (“se eu tiver vontade de fumar, vou tomar uma xícara de chá”) e misturar atividades prazerosas com outras saudáveis (como guardar sua série favorita da TV para assistir durante a sessão na bicicleta ergométrica).

2 . Vacina promissora contra alergia

Os estudos em seres humanos da possível primeira vacina contra a alergia a pólen de gramíneas mostraram que sintomas como espirros, coceira na garganta e falta de ar se reduzem até 25% em dois anos – e até 60% em algumas pessoas. A vacina é feita com sequências de aminoácidos do pólen de gramíneas modificadas para não provocar mais a reação imune. São necessários mais estudos antes da aprovação da vacina, mas os pesquisadores esperam que isso aconteça nos próximos três anos. Eles acreditam que a vacina pode ser alterada para tratar também alergia a ácaros, pólen de bétula e plantas do gênero Ambrosia, como a erva-de-santiago.

3 . Suco congelado mais saudável do que fresco

O suco de laranja contém a concentração mais alta de carotenoides (pigmentos saudáveis das plantas), e um novo estudo constatou que congelar e descongelar o suco facilita sua absorção pelo corpo. No entanto, a pasteurização dificulta absorver os carotenoides.

4 . Uma ilusão médica melhora a dor no joelho

Num estudo pequeno e incomum, 12 pacientes com osteoartrite do joelho usaram visores montados na cabeça que mostravam ao vivo um vídeo de seus joelhos. Enquanto o experimentador puxava ou empurrava suavemente a perna do participante, o vídeo era digitalmente alterado para fazer o joelho mudar de tamanho. Os participantes relataram até 40% de redução da dor quando “viam” e sentiam o joelho ser alongado, como se a rigidez diminuisse. Quando o procedimento foi repetido, a dor dos pacientes abrandou ainda mais. “Parece que ver é acreditar”, diz a Dra. Tasha Stanton, que organizou o estudo. A percepção do alongamento alivia a dor com tanta eficácia quanto a fisioterapia e os analgésicos.

Confira também: Um dia na vida do seu joelho

5 . Veteranos correm risco de automutilação

Um estudo da Universidade de Glasgow constatou que, no total, ex-militares tinham mais probabilidade do que os não militares de serem internados por episódios de automutilação, como se morder ou se cortar. O risco era mais alto – 70% – em pessoas que deixaram as forças armadas antes de terminar a instrução inicial. Já os que serviram mais tempo o risco diminuiu.

6 . Revisão da terapia de reposição hormonal

Não é segredo que a terapia de reposição hormonal (TRH) eleva um pouco o risco de câncer de mama, de doença cardíaca, de AVCs e de tromboembolismo venoso (TEV), que são coágulos perigosos nas veias. Mas, em algumas mulheres, o alívio dos sintomas da menopausa causado pela TRH compensa o risco. Algumas formas de terapia podem ser mais seguras do que outras. Pelo menos no caso de TEV, como indicou um estudo britânico com mais de 400 mil mulheres. Os pesquisadores calcularam que fazer a TRH com comprimidos elevava a probabilidade de coágulos de 16 em 10 mil casos para 25 em 10 mil casos. Por outro lado, a terapia com adesivos, cremes ou géis não aumenta o risco.

Veja também: Bio-harmonização hormonal: conheça este método

7 . Ameaça às bactérias boas?

O triclosano é um agente bactericida encontrado em algumas pastas de dentes, higienizadores de mãos e desodorantes, mas há indícios preliminares de que ele também faça mal. Camundongos expostos durante duas semanas à quantidade de triclosano equivalente à encontrada em pessoas que usaram pastas de dentes que o continham apresentaram cólon inflamado, diarreia, dor abdominal e sangramento retal. Por quê? O triclosano matou as bifidobactérias e outras bactérias “boas” do microbioma do intestino. Em seres humanos, a redução dessas bactérias foi associada à taxa mais alta de colite e câncer de cólon.