Ingra Lyberato fala sobre como lida com a beleza na maturidade

Aos 55 anos, mais madura e certa das suas escolhas, Ingra Lyberato revela lidar bem com as perdas e ganhos da vida.

Márcio Gomes | 9 de Fevereiro de 2022 às 16:00

Fotos: Ricardo Lage / Stylist: Madeleine Muller / Vestidos: Carlos Medina / Beauty: Aline Dotto -

Musa dos anos 1990 e conhecida por diversos papéis de sucesso na TV, em folhetins como “Pantanal” e “Ana Raia e Zé Trovão”, Ingra Lyberato, recentemente, participou da novela Genesis. A atriz vem se reinventando e além da atuação está se dedicando à escrita e acaba de iniciar os estudos na ecopsicologia.

“Hoje, além de atuar, sei como trazer inspiração para a vida das pessoas. Desenvolvo um trabalho terapêutico com muito amor e seriedade. É uma maneira de retribuir as bênçãos que recebo da vida!”, explica a atriz.

Com o ano movimentado, cheio de novidades para 2022, Ingra está trabalhado na divulgação do seu segundo livro “A Natureza Oculta Iluminada” e conta que já está escrevendo a sua terceira obra literária.

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“Estou empolgada com o trabalho em cima do meu terceiro livro. Além disso, ainda este ano, quero concluir a série documental que idealizei, ‘As Amazonas’, e ainda materializar algumas parcerias no audiovisual. Sei que a vida pode me surpreender trazendo realizações muito melhores do que as que planejei. Afinal, o roteirista da vida tem um amor muito maior do que o meu”, reflete.

Aos 55 anos, mais madura e certa das suas escolhas, Ingra Lyberato revela lidar bem com as perdas e ganhos da vida.

“A chave é mudar o foco: o tirei da beleza física e o coloquei na beleza da maturidade. Hoje, para mim, não tem nada mais belo do que uma pessoa inteira, coerente, generosa e equilibrada. Trabalho para enxergar, cada vez mais, além das aparências. Busco a alma das coisas e a alma não tem idade. Hoje gosto mais de mim, de tudo o que sou. Fortaleço às minhas qualidades e transformo amorosamente às minhas imperfeições. Afinal, estamos nessa escola da vida para isso”.

Beleza natural

(Foto: Ricardo Lage / Stylist: Madeleine Muller / Vestidos: Carlos Medina / Beauty: Aline Dotto

Vaidosa, Ingra gosta de se cuidar e está na busca do equilíbrio: pratica exercícios de forma frequente e tem um cuidado especial com a alimentação.

“Tenho uma relação de amor com meu corpo e ele, que me corresponde ao me dar vitalidade. Há dois anos não coloco botox. Queria experimentar e ficar um tempo sem o aplicar em mim… Se com os homens nós achamos que eles ficam charmosos sem botox, por que não podemos achar também bonito com as mulheres? Tudo depende de quem sustenta a aparência e o que transborda do nosso mundo interno para fora. Quando me olho no espelho, gosto do que vejo e não é só um rosto. Tem uma história de crescimento transparecendo nos meus olhos”, afirma.

Com um carinho especial pela região do Pantanal, onde conheceu bem na época da gravação da novela, Ingra Lyberato diz que o local é um santuário natural.

“A sensação é de estar no lugar onde o mundo começou. A variedade de bichos, plantas, animais belos e selvagens é incrível! E a preservação acontece pela dificuldade de acesso. Na região mais exuberante, na maior parte do ano, só se chega de aviãozinho monomotor ou bimotor”, conta Ingra, que em sua primeira ida ao Pantanal, ainda na aeronave o piloto fez vários voos rasantes e ela pode ver de perto capivaras e cervos correndo no campo; jacarés na beira do Rio Negro e pássaros incríveis. “Senti que estava diante de algo sagrado e muito maior do que eu. Essa sensação me acompanhou nas semanas que fiquei gravando a novela”.

A atriz guarda lembranças da época do folhetim que ficaram para sempre na memória. “Todos os dias caía uma chuva forte, às vezes, com raios e trovões, e a equipe achava que o dia e trabalho tinha terminado. Porém, passavam 30 minutos e já abria um pôr do sol deslumbrante com todas as tonalidades de cores no céu e a gente gravava as cenas mais épicas do dia”, relembra. “Eu nadava no rio todos os dias e nunca tive medo das piranhas e nem dos jacarés. Quando levei meu filho, foi a mesma coisa. Ficávamos atentos, mas não sentíamos medo. A sensação de harmonia é tão grande que você sente que nenhum animal vai te atacar, se você respeitar o espaço dele.”