Sílvia Pfeifer sobre a quarentena: “Vivo um dia depois do outro”

Sinônimo de mulher bonita e elegante, Sílvia Pfeifer bateu um papo com a coluna e contou como tem feito para manter o equilíbrio nessa quarentena.

Márcio Gomes | 6 de Agosto de 2020 às 19:00

Divulgação -

Sinônimo de mulher bonita e elegante, Sílvia Pfeifer foi referência no mundo da moda nos anos 1980 e explodiu na TV nos 1990. E não parou mais. No ar por aqui com a trama portuguesa “Ouro Verde” – vencedora do Emmy de melhor novela estrangeira –, a atriz conversou com a coluna. E a entrevista rendeu.

Reflexiva em relação ao atual período de isolamento social, Sílvia acredita que a pandemia do coronavírus tem mostrando quanto o ser humano é vulnerável.

“É um momento bem difícil. Mas acredito que vamos sair todos bem diferentes e melhores. Porém, vejo a existência de um momento de divisão entre as pessoas. Quem é do bem e quem quer melhorar, aprender, já está neste processo. É visível quando a pessoa é do bem. Mas vejo, também, um oportunismo muito grande em algumas pessoas. E isso, justamente, quando tudo o que estamos vivendo deveria tornar as pessoas melhores”, diz.

E completa: “Eu desacelerei. Eu me vi obrigada a parar e a repensar um monte de coisa. É, literalmente, viver um dia depois do outro. Não tem como ser de outra forma. Por outro lado, criei uma ansiedade grande em relação ao meu trabalho de atriz, que deverá ser o último a retornar”.

Equilíbrio diário

Adepta do budismo, Sílvia faz questão de ressaltar os benefícios alcançados com a filosofia no seu dia a dia, em especial na parte emocional.

“O budismo é uma ideologia, uma filosofia muito interessante, que me fortalece, que me dá uma base emocional enorme para o dia a dia. Trata-se de um caminho de autoconhecimento, de fortalecimento e de apreciar a vida. Quando paro para meditar, eu fico calma. Mudo, completamente, a respiração. É muito positivo para mim”, explica.

Além do budismo, a atriz cuida (bem) da alimentação. Nas refeições diárias entram fibras, frutas, legumes e hortaliças. Ficam de fora a fritura e a carne vermelha.

“Eu prefiro um frango orgânico ou um peixe. Quando estou trabalhando, eu gosto de levar as minhas marmitas para as gravações. Evito molhos e cremes, e quase não como comida pronta, prefiro as feitas em casa”, afirma.

Família

Casada com Nelson Chamma Filho, e mãe de Nicholas e Emanuella Pfeifer, Sílvia conta que nesta fase da quarentena tem curtido a casa e a família. O segredo para a relação duradoura – Sílvia e Nelson estão juntos desde 1982 –, ela diz ser uma combinação de vários fatores.

“É preciso ter respeito, admiração, consideração, alegria, paciência, mas, acima de tudo, respeito. E o tempo faz com que a gente aceite o outro. Nós amadurecemos juntos, um com o outro, e com a relação”, entrega.

Mãe coruja assumida, ela diz que em casa o diálogo sempre existiu e sem tabus.

“Sou aquela mãe atenta, preocupada e procuramos falar sobre tudo. Mas eles já estão grandes e cada um tem a sua vida”, fala.

Sem tantos rótulos

Fã de estilistas como Giorgio Armani e Calvin Klein, Sonia Mureb, Thomaz Azulay e do Patrick Doering, da The Paradise, entre outros, Sílvia Pfeifer vê a moda bem diferente nos dias de hoje.

“Sem dúvida, a moda está mais democrática. Quando fui modelo, existiam trends específicas para você estar na moda. Hoje em dia você pode usar uma calça justa, pantalona, vestido curto ou midi e vai estar na moda. O próprio conceito de beleza, graças a Deus, está mais amplo”, finaliza a atriz, contando que em seu closet nunca faltam um bom jeans, blazer, cardigan e pantalona.