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Dicas práticas para turbinar a memória

A memória sensorial de cada pessoa é única. Por isso, todos nos lembramos dos acontecimentos de forma diferente, porque todos os vivemos de forma

Thaís Garcez | 1 de Junho de 2020 às 21:00

Deagreez/Istock
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A memória sensorial de cada pessoa é única. Por isso, todos nos lembramos dos acontecimentos de forma diferente, porque todos os vivemos de forma diferente. Por exemplo: se você teve uma constipação na última reunião familiar, talvez se lembre da comida como não tendo sabor, enquanto a sua irmã a achou deliciosa.

Da mesma forma, se o seu tio fez um longo monólogo político, a forma como se lembra dele dependerá de ter concordado ou discordado dele. E se a sua prima comentou uma exposição num museu, é mais provável lembrar-se de achar que a sua prima sabia do que falava. O modo como interpreta os acontecimentos influencia a forma como os recorda.

Reconstrução da memória

O processo de evocar memórias por vezes exige ao cérebro preencher partes em branco. Uma mulher que vê um álbum de fotografias de família com a mãe chega a uma fotografia de uma menina em cima de um pónei e tem uma lembrança vívida desse dia. “Esta é a sua irmã”, diz a mãe. “Você ainda nem tinha nascido.”

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A mulher já tinha visto a fotografia antes, presumindo que era ela própria, e o cérebro tinha preenchido os pormenores.

Truques de uma desenhista de retratos ­robô

Já tentou lembrar­-se de um fato que teima em escapar­-lhe, como onde deixou as chaves do carro? Ajude-­se a lembrar melhor com as técnicas que Natalie Sweet – uma desenhista inglesa de retratos para a polícia – usa com testemunhas de crimes.

PASSO 1:

Tente descontrair. Se perdeu as chaves, não entre em pânico. Isso só torna as coisas piores. Natalie alivia a pressão dizendo às pessoas que o propósito do retrato é chegar o mais perto possível da pessoa na sua memória. Não pretende ser perfeito.

PASSO 2:

Recue no tempo. Feche os olhos e tente lembrar­-se da última vez que viu as chaves. Vinha de uma reunião? Estava chovendo? Natalie tenta dar ao cérebro da testemunha tempo para “aquecer”, falando acerca de tudo o que aconteceu no dia do crime, tirando o crime em si. Uma vez que a testemunha esteja descontraída, Natalie pede­-lhe que feche os olhos e descreva o que recorda do ambiente envolvente do crime.

PASSO 3:

Finja que é um espectador. Se tinha as suas chaves quando entrou em casa, imagine-­se vendo a entrar. As chaves estão na sua mão? Ficou parado à entrada? Natalie põe as testemunhas a olhar para a cena como um observador externo. 

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