Paralisia infantil: campanha faz alerta para retorno da doença

Conheça a nova campanha que faz alerta para o retorno da paralisia infantil e conscientiza a população sobre a vacinação.

Redação | 24 de Agosto de 2022 às 16:54

(Imagem: iStock) -
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A SBIm, Sociedade Brasileira de Imunizações, iniciou na segunda-feira (22) uma nova campanha “Paralisia Infantil – A Ameaça Está de Volta”, para influenciar a adesão à vacinação contra a poliomielite, que começou a ser realizada no dia 8 de agosto pelo Ministério da Saúde.

As ações da campanha serão feitas nas redes sociais e junto a profissionais de saúde, e funcionaram como incentivo e conscientizante para que haja vacinação nas crianças.

Essa Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022, está sendo realizado já que as coberturas de vacinação tem diminuído no país.

Três em cada 10 bebês brasileiros nascidos em 2021 não tomaram as doses da vacina intramuscular contra a poliomielite, recomendadas e previstas para os 2, 4 e 6 meses de idade.

Para proteger contra a doença também requer doses em gotinhas aos 15 meses e aos 4 anos de idade, e, apenas 54% das crianças completaram o esquema de vacinação no último ano, de acordo com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações.

Enquanto o objetivo a ser atingido para garantir a imunidade coletiva é de 95% das crianças vacinadas, apenas 54% das crianças cumprem esse esquema.

O que mais preocupa os pesquisadores no caso da poliomielite é o fato de que esse movimento de queda de coberturas de vacinação coincide com o ressurgimento de casos em locais em que a doença já estava erradicada, como Estados Unidos, Malawi e Israel. No Brasil, o último caso confirmado foi em 1989.

A poliomielite pode causar sequelas e ser fatal dependendo do caso. Mesmo que a maioria das pessoas que contrai o vírus não apresente sintomas, as infecções levam à paralisia irreversível em algum dos membros, sendo as pernas acometidas com maior frequência.

Entre os pacientes que sofrem de poliomielite paralítica, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.