A Netflix anunciou, nesta semana, uma parceria com a Microsoft para levar anúncios à plataforma. O assunto não é exatamente uma novidade, já que a gigante
Redação | 15 de Julho de 2022 às 10:00
A Netflix anunciou, nesta semana, uma parceria com a Microsoft para levar anúncios à plataforma. O assunto não é exatamente uma novidade, já que a gigante do streaming já havia apresentado planos para inserir propaganda em seu conteúdo até o final deste ano.
Mas, ainda que você odeie ver publicidade no meio de séries e filmes, não há motivo para entrar em pânico. Eu te explico o porquê nas linhas a seguir.
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O ano de 2022 não tem sido fácil para a Netflix. Passado o “boom” dos serviços de streaming na pandemia, a companhia anunciou, no primeiro trimestre, a queda em número de assinantes (uma perda de 200 mil). Foi a primeira vez que isso aconteceu em 10 anos.
Aos investidores, a empresa dá alguns motivos para o panorama nada favorável. Um deles é o aumento da concorrência — e, de fato, a entrada de grandes nomes, como a Disney, neste mercado, deixou a disputa bastante acirrada.
Por outro lado, a Netflix culpa os compartilhadores de contas pela desaceleração no crescimento. A companhia fala especificamente de pessoas que não moram na mesma casa, mas dividem a senha do serviço.
Mas há bem mais por trás disso. Afinal, a produtora de Stranger Things e Round 6 aumentou o preço da assinatura em mercados importantes (como os Estados Unidos e Canadá) no último ano, o que fez muita gente cancelar a assinatura.
Há quem diga que até mesmo o modelo de lançamentos da Netflix é problemático, já que por padrão, ela tende a liberar temporadas inteiras de uma vez para os assinantes maratonarem — enquanto outras fazem aquele esquema parecido com TV por assinatura, de ir soltando um episódio por semana.
De todo modo, esses fatores somados levam ao cenário que vemos hoje. E, é claro: à tentativa da empresa de reverter a situação e diversificar a obtenção de receita.
A chegada de anúncios à Netflix é, sem dúvidas, uma das mudanças mais “drásticas” no posicionamento da companhia, que por anos foi resistente a esse modelo de negócio. Apesar disso, concorrentes já fazem algo semelhante. É o caso da HBO Max e do Hulu. A Disney também já flerta com a ideia e planeja lançar uma assinatura assim em breve.
Mas as coisas podem ser menos preocupantes do que você imagina. Isso porque, ao menos por enquanto, se você não quiser, não terá que ver nenhuma propaganda. A empresa diz que os ads não chegam à Netflix “como você a conhece hoje”. Na prática, a plataforma terá um novo plano, mais barato, que incluirá anúncios.
Por outro lado, se você está precisando economizar e não liga tanto para a publicidade, terá uma forma de pagar menos para assistir aos seus títulos favoritos do serviço. Pode ser realmente algo bom, no fim das contas.
Bom, a parceria entre Netflix e Microsoft deve interessar especialmente aos anunciantes. A empresa de Bill Gates vai permitir que estes profissionais usem suas soluções de publicidade para acessar a audiência da gigante do entretenimento.
De acordo com o diretor de operações da Netflix, Greg Peters, a escolha da Microsoft visa aproveita a flexibilidade que a companhia tem para inovar em tecnologia e vendas, preservando ainda a privacidade. Os detalhes dessa operação, porém, ainda não foram revelados.