Beber vinho pode combater o coronavírus?

Estudos relevam que substâncias presentes no vinho tinto podem inibir até 90% da ação do Sars-Cov-2, responsável pelo novo coronavírus.

Ana Luiza Vasconcelos | 5 de Fevereiro de 2021 às 10:46

Foto de: Giuseppe Lombardo/ iStock -

Publicado em dezembro de 2020 pela American Journal of Cancer Research, o estudo realizado por pesquisadores da China Medical University, de Tawain, revela que o ácido tânico, também conhecido como tanino, pode ter ação inibitória sobre o vírus Sars-Cov-2, responsável pela Covid-19.

Beber vinho pode combater o coronavírus?

De acordo com a pesquisa, o tanino, encontrado em abundância em vinhos tintos e em frutas como romã e caqui, possui propriedades inibidoras duplas. Essas propriedades bloqueiam a serina proteases virais e celulares que são críticas para infecções virais como a do novo coronavírus.

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A capacidade de diminuir a atividade enzimática do vírus anda causando bastante empolgação, pois, nos testes iniciais, foi comprovada a redução de 90% dessa atividade. O vinho foi capaz de ajudar no controle e na diminuição da carga viral recebida pelos infectados.

Apesar da ideia ser animadora, não se pode, ainda, dizer com toda a certeza que beber vinho ajuda no combate contra o novo coronavírus. Afinal, como dito, os estudos ainda estão em fase inicial.

Até o momento, apenas pesquisas in vitro, ou seja, com um ambiente extremamente controlado, foram realizadas. Para que essa eficiência seja mesmo comprovada, vários outros testes e pesquisas devem ser feitos como os testes em animais e, mais tarde, testes em humanos.

Além do ácido tânico, presente no vinho, foram feitos também alguns experimentos com substâncias como: catequina, quercetina, resveratrol, kaempferol e proantocianidina, que também comprovaram ação de suspensão de atividade de outros tipos de coronavírus.

Infelizmente, até o momento, essas substâncias não demonstraram nenhum tipo de ação significativa contra o novo vírus, responsável pela Covid-19.

Além do ácido tânico, estudos de outras universidades estão analisando a ação da maconha contra o coronavírus e os resultados também têm se mostrado positivos.