Prós e contras de investir em imóveis – Parte 1

Descubra os pontos positivos e negativos de investir em imóveis e garanta o melhor futuro para você e para sua família.

Redação | 23 de Abril de 2018 às 09:00

ismagilov/iStock -

Investir em imóveis significa fazer um investimento em um bem de alto valor, com altos custos fixos de manutenção (condomínio, IPTU e taxa de incêndio), taxas de registro da propriedade do imóvel e Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis – ITBI.

Se você depender de um financiamento, ainda terá sua renda comprometida por um longo prazo. Mas, por outro lado, comprar um imóvel representa uma importante formação de patrimônio. Assim, é importante considerar as vantagens e desvantagens deste investimento tendo em conta as boas oportunidades do mercado e comparar com as demais opções de investimentos.

Em tempos de valorização imobiliária, como foi o período que antecedeu a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 ou de programas do governo de incentivo à construção civil e ao crédito, a compra de imóveis pode ser um bom negócio, diante da expectativa de valorização e facilitação da compra.

Quem comprou imóveis no Rio de Janeiro antes de 2009, por exemplo, viu a supervalorização do seu imóvel, em mais de 200% no valor do metro quadrado. De acordo com a FipeZap, a média de valorização dos imóveis em 20 cidades brasileiras, de 2008 a 2017, foi de cerca de 110% no período. A partir de 2012, houve uma redução da valorização ao ano, mas a redução dos preços do metro quadrado dos imóveis só ocorreu em 2017, e não chegou a representar uma grande perda (redução de apenas -0,53% nos preços do metro quadrado).

Assim, embora seja um investimento de baixa liquidez que envolve todos os custos citados, o investimento em imóvel neste período teve uma excelente rentabilidade. O mercado imobiliário está reaquecendo neste primeiro semestre de 2018 e boas oportunidades podem ressurgir.

Mas não é só isso que deve ser considerado, o perfil do investidor combinado com seu objetivo serão determinantes para a decisão. No nosso artigo “Vale a pena investir em imóveis?”, apontamos 3 perfis de pessoas, com diferentes objetivos, para ajudar a refletir sobre essa decisão. Se o objetivo é morar, ou alugar visando uma renda mensal, ou até mesmo apostar na revenda, o planejamento deve levar em conta aspectos diferentes,

Comprar para revender

Existem boas oportunidades, como: adquirir durante a construção e revender na entrega do imóvel (cerca de 3 anos); comprar em leilões por dívida, em inventários por morte ou por dissolução do casamento. Isso porque, nesses casos os imóveis costumam ser vendidos bem abaixo do valor de mercado.

Para melhorar a rentabilidade nesse caso, o investidor pode dispensar o corretor de imóveis e fazer a venda diretamente, providenciando os anúncios e a papelada da venda pessoalmente.

Como em todo tipo de investimento, existem riscos. E neste caso o principal risco é a demora na revenda, que implica na assunção do pagamento dos custos fixos do imóvel e manutenção.

Valorização para troca

O objetivo é morar, mas você não tem recursos para comprar ou financiar um imóvel com as características desejadas. Adquirir um primeiro imóvel apostando na sua valorização para revender e comprar outro pode ser uma boa opção.

Além das possibilidades acima, outra boa oportunidade são imóveis com alta expectativa de valorização, como em bairros em franco desenvolvimento, com áreas menores, e custos fixos e valores de compra mais baixos, e pelos quais haja maior procura. Essa pode ser uma boa estratégia para pessoas mais jovens (até 30 anos) que podem obter financiamentos com prazos maiores.

O assunto é extenso e muito interessante, por isso dividimos o conteúdo em duas partes. Não perca a chance de saber mais no nosso artigo “Prós e contras de investir em imóveis – Parte 2”, no qual vamos comentar sobre as oportunidades de investir em imóveis com os objetivos de obter residência definitiva, uma renda fixa recebendo aluguel e ainda a opção de investir o valor disponível em outras aplicações financeiras e pagar aluguel para morar.

Por Samasse Leal