O que a ciência diz sobre o ‘déjà-vu’?

Não só os esotéricos como também os pesquisadores consideram indiscutível a existência das experiências déjà-vu (do francês: já visto). E como isso ocorre?

Thaís Garcez | 2 de Maio de 2020 às 17:00

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É bem provável que a maioria das pessoas já tenha passado por isso: em uma situação nova, tem-se a impressão de já se ter vivido exatamente a mesma coisa. Em geral, esta sensação dura apenas um instante. Não só os esotéricos como também os pesquisadores consideram indiscutível a existência das experiências déjà-vu (do francês: já visto).

“Para os pesquisadores do cérebro as experiências déjà-vu são uma espécie de falha de regulagem do cérebro.”

Os esotéricos costumam interpretar esse fenômeno como resquícios de lembranças de uma vida passada. Porém, para pesquisadores do cérebro as experiências déjà-vu são uma espécie de falha de regulagem do cérebro.

Ainda não se sabe com certeza como isso acontece. Uma teoria científica sugere que o cérebro vasculha o arquivo de memórias do hipocampo à procura de lembranças similares. E então pode acontecer de não existir uma lembrança condizente, mas esta ser informada por engano. Daí a sensação de já ter visto algo, apesar de não ser verdade.  

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Em um estudo apresentado na Conferência Internacional da Memória em 2016, um cientista apresentou a hipótese de que os déjà-vus seriam um mecanismo de varredura e correção de memórias, checando se existe alguma inconsistência nelas. Assim, o déjàvu seria um lembrete de que um problema em alguma memória foi encontrado e posteriormente resolvido.

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