O outro lado da Alquimia: os mistérios não revelados

Ao longo dos séculos, o sonho dos que praticavam Alquimia foi descobrir como transformar chumbo em ouro. Se este parece ser um objetivo ambicioso, não se

Julia Monsores | 27 de Agosto de 2019 às 21:00

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Ao longo dos séculos, o sonho dos que praticavam Alquimia foi descobrir como transformar chumbo em ouro. Se este parece ser um objetivo ambicioso, não se compara ao prêmio que os alquimistas medievais esperavam receber: a própria imortalidade.

A pretensão de produzir ouro começou com base na ideia antiga de que tudo é formado por porções diferentes de apenas quatro substâncias  básicas: terra, água, ar e fogo. Os alquimistas julgavam ser possível ajustar as proporções dos elementos que constituíam o chumbo através de meios químicos, de modo a transformá-lo em ouro. Suas experiências visavam à substância – batizada de “pedra filosofal” – que, acrescentada ao chumbo, provocaria essa transmutação.

Níveis de significado

As descrições destas experiências, no entanto, estão tão carregadas de metáforas obscuras que é fácil interpretá-las de várias formas. Por exemplo, um texto afirma: “Ascende com a maior sagacidade da Terra ao Céu, e depois desce novamente à Terra, e une o poder das coisas superiores ao das coisas inferiores…”

Esta passagem pode ser entendida como uma referência à combinação de certos elementos químicos. Porém, também como a descrição de um processo paralelo de autopurificação espiritual. À medida que trabalhavam em suas experiências, os alquimistas acreditavam que iriam gradualmente reduzir os materiais “vis” à sua essência mais pura – que seria a pedra filosofal. Ao mesmo tempo, libertariam a alma do corpo “vil”. A substância que podia criar ouro a partir do chumbo conferia assim perfeição espiritual e imortalidade ao próprio alquimista. E, ao alcançar esta condição divina, ele se tornaria um hermafrodita. 

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Gênios excêntricos da Alquimia

Tanto Isaac Newton como Albert Einstein tinham personalidades complexas e contraditórias. Apesar de ter um espírito poderosamente analítico e um espantoso talento matemático, Newton defendia muitas crenças estranhas. No final da vida, estudou Alquimia e a transmutação dos metais, ou seja, como transformar chumbo em ouro.

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