Stephen King e seus sonhos: do pesadelo ao best-seller

Os sonhos podem mudar nossas vidas. Não acredita? Então, descubra como os sonhos influenciaram o autor Stephen King a escrever suas obras.

Redação | 6 de Junho de 2019 às 15:00

Ramona Clawson/flickr -

Quando se pensa sobre o sono, às vezes isso parece um pouco de perda de tempo. Oito horas por noite, 365 noites por ano, para uma expectativa de vida de 70 anos – são 204.400 horas de olhos fechados e cerca de 23 anos. Não seria maravilhoso se todo esse tempo de sono pudesse gerar alguma produtividade para a sua vida desperta? Bem, às vezes isso acontece.

Um escritor e seus sonhos

Stephen King, renomado escritor de contos de terror, fala sobre como os sonhos costumam propiciar inspiração para as suas histórias. Ele tem uma perspectiva interessante acerca de como usa os seus sonhos, descritos no livro Writers Dreaming (Escritores sonhando), de Naomi Epel:

Sempre usei os sonhos como você usaria espelhos para olhar algo que não pudesse ver de frente, do jeito que você usa um espelho para olhar o seu cabelo nas costas. Para mim, isso é o que os sonhos devem fazer. Acho que eles são uma forma de as mentes das pessoas ilustrarem a natureza de seus problemas. Ou ilustrarem as respostas para os problemas em linguagem simbólica.

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Aqui ele conta sobre seu livro Angústia:

Assim como as ideias para alguns dos meus outros romances, essa veio a mim em um sonho. Isso aconteceu quando eu estava em um Concorde. Adormeci no avião, e sonhei com uma mulher que segurava um prisioneiro escritor e o matou, o esfolou, alimentou seu porco com os restos e encadernou o romance dele com pele humana. A pele dele, a pele do escritor. Disse a mim mesmo: “Tenho de escrever essa história.” Claro, o enredo mudou um pouco na hora de contar. Mas escrevi as primeiras quarenta ou cinquenta páginas aqui, entre o térreo e o primeiro andar do hotel.

Outra vez, quando travei no meu romance A Coisa, tive um sonho sobre sanguessugas dentro de geladeiras que tinham sido jogadas fora. Acordei imediatamente e pensei: ‘É para onde isso deve ir.’ Sonhos são apenas uma outra parte da vida. Para mim, é como ver alguma coisa na rua que você pode usar na ficção. Você pega e a conecta lá dentro. Escritores são catadores de lixo por natureza.

Muito interessante como um sonho pode mudar a nossa vida, não é mesmo? E não foi só o Stephen King que se beneficiou de seus sonhos; outra escritora muito famosa também se inspirou em um sonho para criar a sua obra mais famosa. O nome dela? Mary Shelley, a escritora de Frankenstein. Ficou curioso para saber como o sonho da adoslescente Mary Shelley se tornou o famoso romance Frankenstein? Clique aqui e confira!