Quando nada parece que está dando certo, quando somos bombardeados por notícias tristes.. Nessas horas, histórias inspiradoras são necessárias. Confira!
Julia Monsores | 7 de Janeiro de 2020 às 12:00
Às vezes, tudo que queremos, é fazer como Mafalda e falar: “pare o mundo que eu quero descer!” Sobretudo quando parece que nada anda bem. Porém, nessas horas, é importante ter uma outra perspectiva e tentar ver as coisas por uma nova ótica. Para isso, separamos algumas histórias inspiradoras que vão te ajudar a ver que ainda existem pessoas boas no mundo. E que tal ser uma delas?
Os cafés de Viena são famosos no mundo inteiro pelo café com bolo, mas um desses estabelecimentos, no 4º distrito da cidade, oferece uma versão exclusiva de gemütlichkeit, o aconchego próprio da Áustria.
A maioria dos funcionários do café Vollpension é de aposentadas ou omas (vovós), que assam com amor strudels, tortas de chocolate e bolos de sementes de papoula, que são servidos ali. Preocupada com a comunidade, a empresa oferece à equipe uma renda extra e um antídoto para o isolamento por meio do contato com clientes mais jovens.
“Este é mais do que um café. Nossos fregueses deveriam se sentir na casa da vovó”, explica Hannah Lux, uma das donas, de 31 anos. O café é decorado com peças antigas – paninhos de renda, bibelôs de bichinhos e outros achados de brechós – para aumentar o clima caseiro. “Não é fácil jovens e idosos se conectarem na vida cotidiana”, completa Lux.
Judith Siöberg, que trabalha no café e tem dois netos, diz: “Contamos a eles nossa experiência de vida: são gerações se unindo.”
Um programa da TV norueguesa está tirando parte da toxicidade do debate político atual ao forçar os convidados a serem bem-educados uns com os outros. Chamado Einig? (que significa “Concorda?”), o programa tem regras simples: nenhuma interrupção, nenhuma grosseria e os participantes precisam prometer que tentarão entender os argumentos contrários.
O programa foi criado pela apresentadora Ingunn Solheim (foto), de 39 anos, que começou a procurar um formato mais respeitoso depois de presidir na TV, há alguns anos, um debate especialmente mal-humorado sobre imigração.
Até agora, a ideia parece dar certo, com debates sem brigas sobre aborto, feminismo e mudança climática. “É um pouco como terapia de casais”, diz Solheim. “Tentamos fazer os convidados ouvirem ativamente e explorarem pontos de vista diferentes em vez de atacar uns aos outros.”
Na minúscula ilha atlântica de Porto Santo, ao norte do arquipélago da Madeira, os donos de carros elétricos podem ganhar dinheiro suplementando a energia eólica e solar que alimenta quase toda a ilha portuguesa.
O esquema usa veículos elétricos adaptados que se ligam à rede elétrica da ilha para carregar o carro com energia solar barata durante o dia. À noite, a energia armazenada na bateria do carro estacionado volta à rede por um cabo para ajudar a fornecer luz para as residências. O carro retém energia suficiente para ser ligado no dia seguinte.
Assim, os motoristas conseguem comprar energia barata durante o dia e, à noite, revendê-la à rede com lucro, diz Veronika Brandmeier, da consultoria alemã Mobility House: “Isso muda toda a ideia de ter um automóvel.”
Cientistas da Escócia inventaram uma “língua artificial” que pode ser usada para identificar falsificações de uísque.
O pequeno aparelho reconhece a impressão digital química exclusiva de diversos uísques single malt empregando módulos metálicos que agem como papilas gustativas artificiais. A equipe da Universidade de Glasgow sugere que o aparelho seja usado para “provar” virtualmente qualquer líquido, e também pode servir para exames de segurança alimentar e controle de qualidade.
A holandesa Nadï van Watering, de 25 anos, enviou o tuíte, marcado como maatjegezocht (“procurando um amigo”), na esperança de uma resposta. Foi uma surpresa: a mensagem gerou um milhão de likes e 50 mil respostas.
A imensa reação foi percebida também por Jolanda van Gerwe, que trabalha com jovens e teve a ideia de criar uma linha direta para jovens solitários entre 12 e 30 anos. “Damos aos jovens solitários um lugar onde são ouvidos e os colocamos em contato com clubes de jovens especializados em pessoas sozinhas”, explica ela.
Enquanto isso, Nadï van Watering diz: “Agora conheci duas pessoas que posso chamar de amigas. E, além disso, recebi muitos comentários carinhosos.”
O nadador de longa distância Benoit Lecomte cobriu 555 quilômetros em três meses pela chamada Grande Ilha de Lixo do Pacífico para ressaltar a questão do consumo de plástico.
O francês de 52 anos (foto) seguiu de Honolulu a São Francisco, nadando pelo redemoinho de 79 mil toneladas de lixo que ele descreve como, principalmente, “um nevoeiro submarino de microplástico”. Lecomte passou oito horas por dia na água e achou de tudo, de redes de pesca abandonadas a tampas velhas de vaso sanitário.
A tripulação de apoio recolheu amostras de microplástico e pôs etiquetas com GPS no lixo plástico flutuante para que os pesquisadores possam compreender melhor como ele se desloca pelo oceano. “Todo o plástico que vi não me surpreendeu”, disse Lecomte. “Eu esperava que fosse muito ruim. Mas, depois de ver tudo aquilo dia após dia, fiquei indiferente… e minha indiferença me surpreendeu.”