A baixa autoestima é um problema que tem solução

Ao contrário dos animais, os seres humanos têm autoconsciência. Isso significa que somos capazes de definir quem somos e decidir se gostamos ou não dessa

Douglas Ferreira | 13 de Junho de 2020 às 11:00

KatarzynaBialasiewicz/iStock -

Ao contrário dos animais, os seres humanos têm autoconsciência. Isso significa que somos capazes de definir quem somos e decidir se gostamos ou não dessa identidade. Esse autojulgamento determina a autoestima: se rejeitamos parte de nossa identidade, podemos nos infligir enorme dor e danos psicológicos.

A baixa autoestima é um problema?

Da mesma forma que nos protegemos contra um ferimento, pessoas com baixa autoestima começam a evitar tudo o que possa agravar a dor da autorrejeição. Elas assumem menos riscos sociais, acadêmicos ou profissionais; dificultam a interação com outras pessoas ou evitam se esforçar para conseguir algo em que acham que não terão sucesso.

A maioria se sente frustrada com suas vidas em virtude da baixa autoestima. Esse é um problema que impede muitos não apenas de ter êxito, mas mesmo de estabelecer objetivos, porque os priva da motivação.

Como a baixa autoestima afeta você?

A baixa autoestima faz você ter uma autoimagem negativa e se sentir insignificante. Você não gosta de si mesmo nem se valoriza, sente-se inferior. Isso dificulta o relacionamento com outras pessoas. Se você não gosta de si mesmo, é difícil gostar dos outros ou imaginar que eles gostem de você. Isso traz problemas de relacionamento, tanto em casa quanto no trabalho. Também pode levar à infelicidade a longo prazo e até mesmo à depressão. Podem ocorrer problemas de comportamento, como dependência de álcool ou drogas.

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Como se fortalecer e dar adeus a baixa autoestima?

O primeiro passo é aceitar que a baixa autoestima é um problema. Atualmente existem vários tipos de terapias pela palavra, incluindo aconselhamento, psicoterapia, terapia cognitiva, terapia comportamental e hipnoterapia. A base de muitas dessas técnicas está em aprender a gostar de si mesmo e frear a voz crítica interna.

A programação neurolinguística é uma dessas terapias. Você pode ser orientado a se enxergar através dos olhos de alguém que o estime; essa pessoa pode ser sua mãe, seu companheiro ou um bom amigo. Você será estimulado a sentir o que o outro sente quando vê você, a admiração, o seu respeito e, acima de tudo, o amor dele por você. Desse modo, você aprende a apreciar todos os seus pontos positivos e a amar todas as suas características. Podem ser necessárias algumas sessões, com enfoques um pouco diferentes a cada vez, mas a técnica pode ser bastante eficiente.

A terapia cognitiva permite que você compreenda por que não se sente bem. Ajuda a concentrar-se nos aspectos individuais de suas emoções e seus comportamentos, aprendendo a modificá-los. Mais uma vez, você aprende a compreender e valorizar seus pontos fortes e a aceitar ou aperfeiçoar os pontos fracos; ao mesmo tempo, aprende a se amar, “com todos os defeitos”.

Muitas pessoas têm uma lista de “normas” que determinam como devem viver. A terapia mostra a elas como reverter esse tipo de diálogo interno. Também ajuda a desfazer os hábitos de pensamento que interpretam a realidade de modo irreal.

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