A educação muda as vidas – de todos nós

A diversidade e ideias novas promovidas pela educação proporcionam pontos de vista e soluções inovadores, gerando mudanças positivas em toda a sociedade.

Elen Ribera | 28 de Setembro de 2019 às 20:00

Bet_Noire/iStock -

A universalização do acesso à educação traz benefícios tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. Para o indivíduo porque, por meio da educação, ele pode construir uma vida melhor e mais digna. Para a sociedade porque traz novas vivências e ideias para as áreas de produção de conhecimento e atuação profissional. A diversidade pode proporcionar análises e soluções às quais um grupo restrito, sem ela, talvez nunca chegasse. É preciso haver uma voz destoante, com uma experiência diferente, apresentando um novo ponto de vista.

Essa transformação por meio da educação pode acontecer em todas as classes sociais. Em qualquer fase da vida. Em todos os lugares. No Brasil e no mundo, verdadeiras histórias de superação mostram pessoas, antes à margem no sistema educacional, agora inseridas no ambiente acadêmico.

Enquanto a democratização plena do acesso à educação não se torna realidade, que exemplos como os dois a seguir continuem nos inspirando.

A educação é um processo transformador. Conheça a história de um professor premiado.

Aqui no Brasil

Bruna Sena, 17 anos, estudou em escola pública e mora em um conjunto habitacional da periferia de Ribeirão Preto (SP). Ela conquistou, em 2017, o primeiro lugar de um dos mais disputados vestibulares do Brasil: o de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Cada vaga no exame da Fuvest 2017 foi disputada por 75,58 candidatos. A jovem é a primeira pessoa da família a ingressar na universidade e agradece o estímulo dos professores do curso preparatório popular do qual foi bolsista. Bruna ainda não sabe em que área irá se especializar. Mas tem uma certeza: “atenderá pessoas de baixa renda, que precisam de ajuda”.

Pelo mundo

Amy Carton foi aluna da Southern New Hampshire University, nos Estados Unidos. Ela se formou no curso a distância da faculdade de Artes, aos 94 anos, em 2017. Sua média 4,0 (de 5,0). A senhorinha teve de interromper os estudos em 1964, após se divorciar, para criar os quatro filhos. Em entrevista à revista People, ela conta que nunca abandonou o sonho de se formar, embora a vida “se metesse pelo caminho” e o atrasasse. Também encoraja aqueles que, como ela, tiverem a oportunidade de voltar à escola: “Isso nos faz continuar a viver.” Amy já se matriculou no mestrado e planeja escrever um livro para crianças.

A educação é o caminho mais seguro para promover mudanças positivas na nossa vida.